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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Temer já articula possíveis nomes para novo governo

A-GIR3N
Às vésperas da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, o vice-presidente Michel Temer já articula encontro com possíveis nomes que poderiam fazer parte de um eventual mandato presidencial comandado pelo PMDB. Ele já teria marcado um jantar com o economista Armínio Fraga, sócio da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central no governo FHC. Perguntado sobre o encontro após participar de evento em São Paulo, Fraga disse a jornalista que “esse assunto de agenda vocês têm de falar com ele (Temer)”.

“Eu gastei muito tempo pensando no que fazer (com a economia), durante minha vida inteira. Tenho sugestões a dar. Sugestões de quem estava próximo de assumir”, disse.

Armínio descartou, no entanto, a possibilidade de assumir um cargo. Ele explicou que passou o ano de 2014 assessorando o senador Aécio Neves em sua campanha presidencial e, na ocasião, vendeu sua empresa, a Gávea, ao JP Morgan. Ao final da campanha, ele recomprou o negócio.

“O momento da minha vida não permite (assumir um cargo). Não é para mim agora, mas eu gostaria de colaborar com o que for possível”, disse, detalhando que ainda não conversou com Temer, mas garantiu: “Se ele me der a honra de um convite, eu certamente irei, a agenda é dele”.

Fraga participou de evento sobre o mercado imobiliário. Durante seu pronunciamento, falou sobre a conjuntura econômica e condicionou a melhoria do cenário à saída da presidente Dilma Rousseff.

“O Brasil vive a maior recessão de sua história. Os escândalos de corrupção são os mais impressionantes da nossa história, não só envolvem atos ilícitos, mas acoplados a um projeto de poder”, afirmou logo no início de seu discurso.

Em suas palavras, o Brasil está na “UTI, mas não é um paciente terminal”.

Segundo ele, a economia pode “se animar” com o impeachment, mas frisou que, para isso ocorrer, é preciso haver a apresentação de uma “agenda de trabalho” pelo novo governo.

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