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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Escola na Suécia quer abolir sexo das crianças.

 Na Egalia, uma pré-escola sueca, não há meninos e meninas. Todas crianças são chamadas do mesmo jeito, sem que haja referência ao sexo. Em português é difícil reproduzir o que a escola está fazendo, pois não temos substantivos e pronomes neutros. Mas seria como se, em inglês, em vez de usar “she” (ela) ou “he” (ele), os professores chamassem as crianças de “it” (o pronome neutro que é usado para coisas, não para pessoas). Em sueco, em vez de “han” ou “hon” (ela ou ele), usa-se “hen” – uma forma que não existe oficialmente na língua, mas foi adotada pela escola.

A Egalia abriu no ano passado na Suécia e educa crianças de 1 a 6 anos. Sua preocupação principal é não incutir desde cedo uma imagem restrita do que é ser menino ou menina. É evitar a ideia, por exemplo, de que meninos brincam com carrinhos e, meninas, com bonecas. Todos brincam juntos, com todos os brinquedos.
Para estimular a tolerância e a inclusão, em vez de contos de fadas – em que a princesa espera a salvação do príncipe encantado -, os professores leem livros que incluem histórias sobre casais de pessoas do mesmo sexo, pais solteiros e crianças adotadas.
“A sociedade espera que as meninas sejam mulherzinhas, boazinhas e bonitas, e que os meninos sejam homenzinhos, rudes e expansivos”, diz a professora Jenny Johnsson. “A Egalia dá às crianças a fantástica oportunidade de ser quem elas quiserem”.

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