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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Atendimento de urgência ameaça entrar em colapso em São Luís


Por conta da excessiva demanda de pacientes, que vêm do interior do Estado por não encontrarem outra alternativa, o atendimento de urgência e emergência em São Luís está à beira de um colapso e a situação é preocupante. O assunto foi pauta de uma reunião emergencial convocada pelo secretário municipal de Saúde, Gutemberg Araújo, na manhã de ontem, com as equipes dos dois maiores hospitais de urgência da capital, Socorrões I e II.

Foto: Divulgação
Pacientes vêm do interior do Estado

Apesar das UPAs inauguradas recentemente pelo governo do Estado na capital (Vinhais, Parque Vitória e Cidade Operária) e uma no município de Coroatá, a demanda nos Socorrões não diminuiu e continua grande o número de pessoas que saem do interior em busca de atendimento de urgência e emergência em São Luís, já que não dispõem de hospitais em seus municípios. “Se houver um acidente de médias proporções hoje em São Luís, nós não temos condições de receber os pacientes”, alertou Gutemberg Araújo ao expor a preocupação.

Só o Socorrão II utiliza 5.500 seringas por dia, serve mais de duas mil refeições por dia e realiza mais de 60 cirurgias por dia. “Hoje, no Socorrão II, estamos com uma demanda absurda. São 170 macas nos corredores. Estamos, inclusive, utilizando macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por falta de local para acomodar os pacientes”, afirmou o diretor da unidade, Ademar Branco Bandeira. E no Socorrão I, a situação não é muito diferente. Também lotado, o hospital conta com cerca de 70 macas nos corredores.

As equipes reunidas concluíram que o problema da superlotação foi agravado no último mês, nessas duas unidades, em função de um aumento na demanda de pacientes do interior do Estado (segundo relatório da Câmara Municipal de São Luís divulgado em agosto, 60% dos pacientes dos dois hospitais são de cidades do interior) e do fechamento da emergência do Hospital do Ipem. “E estamos recebendo, agora, ainda mais pacientes vindos do interior”, disse Ademar Bandeira.

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