O colégio e cursinho pré-vestibular Christus, do Ceará, que aplicou questões do Exame Nacional do Ensino Médio em simulado anterior à prova, confirmou que tem em seu vasto banco de questões do estilo do Enem nove perguntas que caíram no exame do fim de semana.
No texto, explica que as perguntas do Enem, por serem da metodologia Teoria de Resposta ao Item (TRI), são pré-testadas, e por isso existe a possibilidade de caírem em domínio público antes da realização oficial do exame. A direção do colégio nega que tenha tido contato prévio com a prova em si, mas diz que o banco de questões do Christus pode ser integrado também por questões provenientes de sugestões dos alunos que realizaram o pré-teste, sem o conhecimento da escola no que diz respeito à origem desses dados.
Em entrevista ao iG, o diretor Davi Rocha diz que alunos do então 3º ano do ensino médio no colégio participaram de pré-teste do Enem em outubro de 2010 e supõe que as questões que agora foram usadas no exame tenham chegado ao banco do Christus através deles. "Imaginamos que essas questões devem ter sido fornecidas por alunos ou ex-alunos", diz.
Para o diretor, a aplicação do pré-teste torna o exame vulnerável e acaba com o ineditismo de qualquer questão. Rocha contou que o colégio Christus tem um enorme banco de dados de testes, o que considera um diferencial da instituição, uma das mais tradicionais do Ceará. Para alimentá-lo, incentiva alunos a mandarem questões para professores ou depositarem sugestões em urnas.
Sem divulgar o tamano desse banco, Rocha disse que ficou surpreso quando surgiu nas redes sociais a denúncia de que alunos do colégio de Fortaleza haviam tido contato com questões do Enem antes da prova . "Nunca se cogitou que as questões aplicadas na preparação dos alunos fossem idênticas às do Enem”, disse.
Quando questionado sobre o motivo pelo qual o material didático com questões idênticas às do Enem fornecido aos alunos não apresentava a logomarca da instituição, ele afirmou que a intenção não era esconder a origem. Segundo o diretor, na fase preliminar de preparação dos alunos, a escola, na pressa, acaba imprimindo simulados e apostilas e outras publicações sem a identificação.
Em entrevista ao iG, o diretor Davi Rocha diz que alunos do então 3º ano do ensino médio no colégio participaram de pré-teste do Enem em outubro de 2010 e supõe que as questões que agora foram usadas no exame tenham chegado ao banco do Christus através deles. "Imaginamos que essas questões devem ter sido fornecidas por alunos ou ex-alunos", diz.
Para o diretor, a aplicação do pré-teste torna o exame vulnerável e acaba com o ineditismo de qualquer questão. Rocha contou que o colégio Christus tem um enorme banco de dados de testes, o que considera um diferencial da instituição, uma das mais tradicionais do Ceará. Para alimentá-lo, incentiva alunos a mandarem questões para professores ou depositarem sugestões em urnas.
Sem divulgar o tamano desse banco, Rocha disse que ficou surpreso quando surgiu nas redes sociais a denúncia de que alunos do colégio de Fortaleza haviam tido contato com questões do Enem antes da prova . "Nunca se cogitou que as questões aplicadas na preparação dos alunos fossem idênticas às do Enem”, disse.
Quando questionado sobre o motivo pelo qual o material didático com questões idênticas às do Enem fornecido aos alunos não apresentava a logomarca da instituição, ele afirmou que a intenção não era esconder a origem. Segundo o diretor, na fase preliminar de preparação dos alunos, a escola, na pressa, acaba imprimindo simulados e apostilas e outras publicações sem a identificação.
Anulação do Enem
O Ministério Público do Ceará irá encaminhar uma recomendação ao Ministério da Educação (MEC) de anulação do Enem 2011. O MEC diz que não há registro de vazamento da prova e pediu que a Polícia Federal investigue o caso. O governo estuda ainda excluir os 639 alunos do colégio Christus do exame e oferecer a eles a possibilidade de refazerem o Enem nos dias 28 e 29 de novembro, quando será aplicado nos presídios. Sobre essa possibilidade, o diretor do Christus disse que a escola será "solidária" tanto aos que optarem por refazer o exame e como aos que se negarem. "A maioria não vai querer fazer, porque não somos culpados", prevê.
Segundo o MEC, se a escola tiver mesmo responsabilidade na antecipação das questões, o diretor poderá ser responsabilizado civil e criminalmente.
Segundo o MEC, se a escola tiver mesmo responsabilidade na antecipação das questões, o diretor poderá ser responsabilizado civil e criminalmente.
Segundo o procurador, a apostila que um colégio de Fortaleza teria distribuído a alunos teria 13 questões idênticas ao que caiu nas provas do Enem: no 1º dia, prova amarela, nº 87, 46, 50, 74, 57, 34, 33, 32 e 2º dia, prova amarela, 113,180, 141, 173 e 154.
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