Com a perspectiva de instalação de três refinarias na região Nordeste do país, as oportunidades que se abrem nos próximos anos para a área de petróleo e gás são bastante positivas. Quando estiverem funcionando em pleno vapor, elas vão gerar milhares de empregos que terão reflexos diretamente no crescimento e desenvolvimento local e ampliarão o status dos estados beneficiados ante o no cenário nacional. Com destas novas unidades, e também a do Comperj (em Itaboraí, no Rio de Janeiro, no Sudeste), o Brasil dará um grande salto no setor, com o aumento significativo da sua capacidade de refino.
Diante desse cenário tão promissor, começam a surgir obstáculos que precisam ser superados para que os projetos sejam aplicados na prática. E um dos requerem maior preocupação diz respeito à capacitação de mão de obra, não só para operar essas megaestruturas, mas também para colocá-las em pé. A carência de profissionais tem obrigado as empresas a buscar especialistas em setores afins, e até importá-los.
A primeira a enfrentar a tarefa foi a Refinaria Abreu e Lima, localizada no Complexo de Suape, em Recife, que já conseguiu concluir quase 70% das obras. A falta de mão de obra especializada e de qualificação adequada também atinge outros estados da região Nordeste, onde está prevista a construção de duas refinarias: a Premium I, em Bacabeira, no Maranhão; e a Premium II, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará. Para se ter uma ideia da dimensão do desafio, a refinaria do Maranhão está projetada para ser a maior do Brasil e a quinta maior do mundo.
Juntas, as três vão gerar milhares de vagas de trabalho que serão ofertadas não só por elas, mas também pela cadeia de suprimento. As oportunidades vão depender da formação do profissional que poderá atuar no transporte, refino e atividades afins.
Buscando ampliar a oportunidade de acesso à capacitação profissional, algumas iniciativas já estão sendo apresentadas. No Maranhão, foi firmado convênio a Petrobras e o Senai para a implantação de cursos na área construção civil na região. Já no Ceará, foram abertas 212 vagas e estão previstas mais 3.500 pelo Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural).
Maranhão e Pernambuco também foram incluídos na última seleção pública do Prominp. Já as universidades da região Nordeste também estão se mostrando preocupadas com a questão. Um deles é o Instituto Federal do Ceará que está oferecendo formação técnica em Eletrotécnica, Metalúrgica e Petroquímica e superior em Engenharia de Energia e Meio Ambiente.
Esse é o momento de a região Nordeste aproveitar as oportunidades que estão surgindo e investir pesado em qualificação e valorização do seu profissional o que, com certeza, dará bons frutos no futuro.
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