A revista 'IstoÉ', em sua edição desta semana que chega as bancas a
partir deste domingo, dia 15, destacou o 'Caso Fernanda Lages',
estudante que foi encontrada morta na obra do Ministério Público, zona
Leste de Teresina(PI), há quase oito meses.
Segundo a publicação, o deputado estadual do Maranhão, Marcos Caldas,
mais conhecido como Marcos Play, está sendo investigado sob acusação de
envolvimento no crime, por uma suposta rede de prostituição.
CONFIRA A MATÉRIA NA ÍNTEGRA:
O
deputado governou o Maranhão por apenas dez dias, mas é investigado
pela Polícia Federal por suspeitas de envolvimento com uma rede de
prostituição por Izabelle Torres O deputado
maranhense Marcos Caldas (PRB) sempre foi um político com pouca
expressão e sem prestígio entre mandachuvas de seu Estado.
Ao
assumir a vice-presidência da Assembleia Legislativa, no ano passado,
ele também não se destacou nem apresentou projetos relevantes.
Apesar
disso, uma sucessão de impedimentos dos sucessores naturais da
governadora Roseana Sarney o levou à cadeira de governador do Maranhão
por dez dias, enquanto a ocupante do posto viajava para os Estados
Unidos. O breve reinado de Caldas, porém, acaba neste domingo 15.
O
tempo que passou no cargo serviu para que inaugurasse obras em seus
currais eleitorais e visitasse correligionários usando helicóptero
oficial. Os compromissos eleitoreiros ofuscaram por alguns dias o real
problema que o deputado enfrenta desde o mês passado. Ele foi incluído
nas investigações da Polícia Federal sobre o assassinato de uma
estudante no Piauí e virou suspeito de envolvimento com uma rede de
prostituição interestadual.
O
nome de Marcos Caldas, conhecido como Marcos Play, aparece em escutas
telefônicas com amigas da jovem Fernanda Lages, que morreu em agosto de
2011, jogada de uma altura de 26 metros de um prédio de Teresina.
Uma
delas é Nayara Veloso, que promovia festas e encontros de figurões da
política e empresários com belas estudantes. Nayara foi presa acusada de
esconder informações relevantes para as investigações sobre o caso.
Coincidentemente,
quem fez sua defesa foi o escritório de Ronaldo Ribeiro, um advogado do
Maranhão que é amigo pessoal de Marcos Caldas e costumava ir com ele ao
Piauí. O deputado conhecia a jovem assassinada, mas sempre
negou aproximação. Mesmo assim, a PF, que entrou no caso a pedido do
governador do Piauí, Wilson Martins, convocou o político para prestar
depoimento.
Como
tem a prerrogativa de escolher data e local, Caldas ainda não depôs.
Fontes da PF afirmam que o objetivo é esclarecer qual a relação do
parlamentar com a vítima e com suas amigas acusadas de promover e
frequentar boates acompanhadas de políticos. Caldas admite conhecer as
garotas e participar de festas em Teresina.
Nega, no entanto, aproximação
com elas. Inclusive com Nayara, que, segundo as investigações, usava o
carro oficial do político para buscá-lo no aeroporto.
Conhecido pelo gosto por festas e relações com garotas de programa, o governador interino do Maranhão também carrega outras suspeitas no currículo, que tem mais a ver com sua conduta na vida pessoal do que com corrupção política.
Marcos
Caldas estaria num veículo que atropelou dois jovens em junho de 2011 e
não prestou socorro. Também teria atirado em um segurança. Como se vê,
Marcos Play, o breve, tem muito a explicar.
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