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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Reajuste dos professores de São Luís deverá ser menor que proposta do MEC

professor
Em entrevista concedida à TV Guará, nesta quarta-feira (7), o secretário de educação do município, Geraldo Castro, desviou-se da expectativa gerada pelo reajuste de 13,01% concedido pelo MEC aos professores da rede pública. Esquivando-se do cargo de secretário municipal, ele utiliza-se da patente de presidente da União dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime-MA) para apresentar argumentos vagos e desfavoráveis ao aumento.

“Eu ocupo a presidência da Undime no Maranhão e nós estamos debatendo a questão do momento dos municípios. É preciso que o Ministério reforce o repasse para os municípios, considerando que os municípios são duramente atingidos e vêm sofrendo por causa das reduções de IPI e outras questões que são colocadas que afetam a cesta de abastecimento dos municípios”, declarou.

O reajuste nacional sofreu um aumento de quase 5% em relação a 2014 e representa para os professores um grande passo em direção ao reconhecimento profissional da categoria.

“Nossa categoria vem sofrendo, historicamente, um desgaste de valorização profissional e acreditamos que esse processo tem início na administração pública. Essa premissa pode ser confirmada no momento em que o município cogita desconsiderar uma medida nacional, que nos levaria exatamente na direção contrária, reconhecendo a importância do professor para a sociedade e proporcionando a ele melhores condições profissionais”, avaliou a presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de Ensino (Sindeducação), profª Elisabeth Castelo Branco.

Déficit - Em estudo realizado pelo Sindeducação, identificou-se que há uma defasagem de 11,02% nos reajustes municipais dos últimos 5 anos.

“Analisamos índices de reajuste do piso salarial dos professores, do salário mínimo e do INPC, além dos repasses do Fundeb entre os anos de 2010 e 2014. A partir desta análise, concluímos que os professores de São Luís estão aquém da média salarial das demais capitais do país em termos de remuneração e isso requer um posicionamento da gestão municipal”, cobrou a presidente do sindicato.

Em Assembleia Geral, a categoria de professores decidirá a proposta de reajuste salarial para 2015 que será encaminhada à Prefeitura para aprovação ou negociação. Em 2014, o mesmo processo resultou na greve de 105 dias dos professores municipais, em recusa à proposição de 3% de aumento, contra os 20% apresentados pela categoria.

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