Diversas lideranças do PT, incluindo o ex-presidente Lula, ficariam um tanto contentes se a presidente Dilma Rousseff decidisse não prestigiar a cerimônia de posse de Joaquim Barbosa, carrasco dos réus da Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal, marcada para o próximo dia 22. Ela teria até um argumento, uma vez que estará na Espanha entre os dias 16 e 19 de setembro e poderia, em tese, esticar seu giro europeu, com alguma nova missão internacional, sendo representada pelo vice Michel Temer.Dilma, no entanto, mandou dissipar os rumores e irá à posse de Barbosa.
Durante o julgamento do mensalão, no entanto, ela e Joaquim Barbosa chegaram a se estranhar, quando o relator da Ação Penal 470 citou um depoimento da ex-ministra de Minas e Energia para insinuar compra de votos no Congresso. "(Dilma) disse que se surpreende, vendo com os olhos de hoje, com a rapidez da aprovação desse projeto. É possível assim avaliar a dimensão (do esquema)", disse Barbosa. Em nota divulgada na ocasião, Dilma esclareceu a surpresa mencionada pelo ministro, contextualizando a situação do setor energético, que "atravessou uma histórica crise" entre junho de 2001 e fevereiro de 2002. Sua surpresa, esclareceu a presidente, foi "em função do funcionamento equivocado do setor até então".
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