A engenheira Maria das Graças Foster, 59 anos, é a primeira mulher a presidir não só a Petrobras, mas qualquer companhia petróleo global. Em janeiro, completou um ano no cargo. O cotidiano da empresa não é, porém, novidade para ela. Graça Foster, como é conhecida, está há 35 anos na companhia, onde entrou como estagiária.
Durante quatro anos, na gestão do antecessor, Sérgio Gabrielli, ela respondeu pela diretoria de Gás e Energia. Elegantemente, lembrou esse fato ao ser perguntada pelo Correio sobre os erros cometidos na empresa no passado recente. Para ela, ambos têm “estilos diferentes”, mas as mudanças que vem promovendo na petroleira não “contradizem” o que se fez antes.
Considerando-se a dificuldade para mexer uma empresa do porte da Petrobras, Graça não tem feito pouco. Está revendo o processo que levou a obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a custar cerca de US$ 20 bilhões, 10 vezes mais do que o planejado inicialmente. Pretende vender a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, comprada em 2005. E pôs em prática um programa para melhorar os resultados da empresa.
A dúvida é se tudo isso pode fazer frente à defasagem entre os preços internos dos combustíveis e a cotação do petróleo no mercado internacional. Graça acredita que sim. E isso ficará claro, no entender dela, a partir do segundo semestre do ano. “a Petrobras não passa por uma crise”, assegura.
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