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quinta-feira, 23 de maio de 2013

PMDB protocola CPI da Petrobras e surpreende Planalto


Uma semana depois de ameaçar a derrubada da MP dos Portos, o Palácio do Planalto foi surpreendido no início da noite de ontem (22) pelo PMDB com a informação de que a base aliada já protocolou na Câmara dos Deputados a CPI da Petrobras. Ao todo, 199 assinaturas foram conferidas, 28 a mais do que o mínimo legal para a instalação de uma CPI.

O autor do requerimento, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), trabalhou em silêncio nas últimas semanas e ganhou o apoio de deputados do PP e do PR, além das siglas que integram a bancada de oposição. Quintão era cotado para assumir o Ministério da Agricultura, mas foi vetado pelo PT de Minas Gerais. Para o Planalto, assim como aconteceu na reforma dos portos, o novo impasse tem o dedo do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).

Ontem, a presidente da Petrobras, Graça Foster, participou de audiência pública na Câmara dos Deputados para falar sobre o desempenho da companhia e prestar esclarecimentos sobre a aquisição da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

O negócio trouxe prejuízo de um bilhão de dólares na gestão de Sérgio Gabrielli. Graça reafirmou que a compra da refinaria norte-americana seguiu orientações positivas à época, em 2006, e que as perdas provenientes do negócio foram provocadas, principalmente, pela crise financeira mundial ocorrida em 2009.

Apesar de colocar panos quentes na crise com a base governista, nos bastidores, o governo temia que os peemedebistas ainda estivessem preparando alguma retaliação ao Planalto.

Na segunda-feira (20), a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou que o Governo Federal tem se esforçado para manter um bom entendimento com senadores e deputados aliados. 'Nós continuamos fazendo tudo que está em nosso alcance para manter boa relação com a base aliada', disse a ministra, minimizando eventuais problemas na articulação política com o Congresso Nacional.

Ideli se reuniu com líderes da base e fez um apelo pela votação de novas medidas provisórias prioritárias para o governo e que perdem validade no início de junho.

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