O deputado estadual Othelino Neto (PPS) criticou, na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (19), as justificativas do secretário de Estado do Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho, para deixar de comparecer àquele poder e explicar os pontos suspeitos de um convênio firmado com a Associação Vera Macieira no valor de cerca de R$ 5 milhões. “Muitos já suspeitavam de que ele não viria aqui, até porque já virou regra comum o Poder Executivo desrespeitar esta Casa. Então isso já não me surpreende mais”, disparou o parlamentar.
Fernando Fialho alegou, por meio de ofício encaminhado à Assembleia, que está empenhado nas negociações com integrantes do movimento Grito da Terra, que teriam ocupado a sede da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes), em São Luís.
Othelino disse que leu no jornal O Imparcial de domingo passado o secretário garantir, em entrevista, que atenderia, nesta quarta-feira (19), à convocação feita pela Assembleia Legislativa. Segundo o parlamentar, Fernando Fialho faltou com a verdade mais uma vez.
“Então, mais uma vez, o secretário dá uma declaração e, na prática, faz diferente. E pior, em um trecho da entrevista, ele diz que não tem a obrigação de identificar se a entidade é fantasma ou não e que quem tem obrigação é o Ministério Público. Ou seja, ele autoriza o depósito de alguns milhões para uma entidade e pouco importa se ela é fantasma, se ela existe, se não existe; o Ministério Público que vá atrás”, criticou Othelino Neto.
Várias contradições - Segundo Othelino Neto, a cada declaração que o secretário dá, a mentira aumenta mais ainda. “A Associação recebeu R$ 5 milhões e ninguém a encontra. É na Raposa, na Beira-Mar, no Anil, no povoado Trechos, enfim, muita história mal explicada e perdura a incômoda dúvida de onde foram parar esses recursos, frutos do convênio com o Grupo Social Vera Macieira”, afirmou.
Othelino disse que, a cada dia, fica mais convencido de que esses quase R$ 5 milhões parecem não ter tido o destino que deveriam. Segundo ele, graças ao fato do governo também não cumprir a lei e não abastecer o Portal da Transparência de informações, os deputados e a população não sabem também quantos pagamentos foram feitos.
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