A assessoria do Conselho de Ética tentou notificar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da abertura do processo de quebra de decorro parlamentar contra ele no final da manhã desta quarta-feira. Apesar de estar em seu gabinete na Presidência da Casa desde cedo, o presidente não recebeu a secretária do conselho e marcou para hoje, 17h, o recebimento da notificação. O documento tem que ser entregue pessoalmente.
O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), foi informado sobre a hora agendada por Cunha.
— A informação que tenho é que ele marcou para ser notificado às cinco horas. Espero que ele não esteja presidindo a sessão e que, se estiver, saia para ser notificado. Ele marcou para cinco horas, será a primeira tentativa. Ele deve estar ocupado, não quis receber. É presidente, pode tudo. A notificação é pessoal. Ele não esteve com ela. Mandou alguém dizer para ela voltar depois — explicou Araújo.
O presidente do Conselho voltou a dizer que está convicto de que o colegiado tomou a decisão certa ao não conceder vista, como queriam os aliados de Cunha, do relatório apresentado ontem pelo novo relator, deputado Marcos Rogério. Ele criticou ainda os aliados do presidente da Câmara por recorrer da decisão à Mesa Diretora, onde caberá ao aliado de Cunha decidir, o vice presidente Waldir Maranhão (PP-MA).
— Quem manda é o rei. O que ele manda, tem que ser cumprido — disse Araújo.
Após ser notificado, Cunha terá o prazo de dez dias para apresentar sua defesa por escrito. Caso evite ser notificado, poderá atrasar o trâmite do processo no colegiado.
Por Isabel Braga, O globo
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