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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

À beira da Falencia: Petrobras fica no prejuízo e com deficit de US$ 22 bi ao ano


Enquanto persiste o imbróglio do reajuste dos preços da gasolina e do diesel, a Petrobras se afunda em deficit. O saldo da empresa na balança comercial foi negativo em US$ 22,4 bilhões de janeiro a outubro deste ano, um valor não só recorde como também 157% superior ao deficit de todo o ano de 2012.

Os dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que as exportações da empresa caíram para US$ 11,5 bilhões neste ano, 40% menos do que as do ano passado. Já as importações subiram para US$ 34 bilhões, 34% mais.

A empresa tradicionalmente tem deficit na balança, mas nunca houve números tão expressivos. Em 2012, o deficit havia sido de US$ 8,7 bilhões. De 2000 a 2010, a Petrobras teve deficit acumulado de US$ 14,4 bilhões, aponta a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

A situação da empresa só não é pior porque no segundo trimestre deste ano a mistura de etanol na gasolina subiu de 20% para 25%. Com isso, e devido a uma recuperação parcial da produção nacional de álcool, parte do consumo de gasolina foi substituída pelo de etanol.
O consumo de etanol atingiu 18,7 bilhões de litros de janeiro a outubro, um volume 19% superior aos 15,7 bilhões de igual de 2012.

Mesmo assim, apesar de uma redução nos últimos meses, as importações de gasolina continuam aceleradas. Até outubro, foram gastos US$ 2 bilhões para a entrada de 2,9 bilhões de litros. O pior para a empresa é que o alívio que poderia vir do etanol não ocorre exatamente devido à política do governo de segurar artificialmente os preços da preços da gasolina.

Os preços controlados do derivado de petróleo limitam também uma correção nos do etanol. Com isso, não houve avanço na produção de cana e os investimentos se retraíram nesse setor. Os reajustes da gasolina virão nos próximos meses, mas o governo criou uma armadilha para ele mesmo. 

Deveria ter criado um mecanismo de reajuste no período de inflação menor e de câmbio estabilizado.
Agora, corre o risco de ter a economia contaminada pelos reajustes e de ter de elevar os preços da gasolina –se o câmbio subir– mesmo quando os preços recuarem no mercado externo.

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