A Polícia Federal começa a investigar nesta terça-feira o assassinato do holandês Ronald François Wolbeek, de 60 anos, morto com um tiro no peito, no domingo, quando estava dentro de seu iate, perto do Iate Clube de São Luís. Segundo o superintendente da PF no Maranhão, Alexandre Silva Saraiva, o órgão entrará no caso pelo fato de a vítima ser estrangeira. O barco onde o crime ocorreu já foi periciado pela Polícia Civil e hoje será inspecionado pela PF.
Segundo a mulher de Ronald, a belga Maria Rawie, de 69 anos, ele teria sido vítima de assaltantes, que invadiram o iate em que os dois estavam. De acordo com ela, o alarme do barco soou, e o marido foi verificar o que havia acontecido. Nesse momento, ele teria encontrado duas pessoas a bordo e iniciado uma discussão. Segundo Maria, um dos homens disparou duas vezes e atingiu Wolbeek no tórax. O iate estava atracado próximo a uma favela, e barcos estrangeiros são alvo frequente de assaltos na região.
ESPOSA PASSA POR EXAME - Maria contou à polícia que chegou a limpar o ferimento de Ronald, mas, quando percebeu que ele estava ofegante, pegou um bote e começou a remar. O primeiro registro do caso foi feito na Companhia de Policiamento de Turismo (CPTur). De acordo com o relato de Maria, os assaltantes fugiram em outra embarcação, sem levar nada do casal.
— Estou com raiva. Muita raiva. Louca de raiva. Eu espero que a polícia e o governo brasileiro olhem mais para pessoas como Ronald, para que outros turistas estejam seguros. Ele trabalhou no barco durante 25 anos. E agora ele se foi — declarou a belga, que passou por um exame residuográfico para identificar se existiam indícios de pólvora em suas mãos. O resultado deve ficar pronto depois do carnaval.
— Estamos no início das investigações, levantando as hipóteses. A verdade aparecerá — disse o delegado Jeffrey Furtado. O governo do Maranhão emitiu uma nota dizendo que “todas as linhas de investigação serão apuradas pelo sistema de segurança pública do Estado.”
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