Por um placar elástico —330 votos a favor e apenas 141 contra— os deputados aprovaram na noite passada emenda constitucional sobre o financiamento privado das eleições. Prevê que empresas só poderão fazer “doações” eleitorais aos partidos. Nesse modelo, cada legenda se incumbiria de dividir a verba entre os seus candidatos.
A novidade ressuscita o fantasma arcaico das doações ocultas. Convertidas em caixas registradoras de todas as campanhas, as legendas mordem os grandes financiadores, repassam o dinheiro para os comitês eleitorais e a plateia fica sem saber os nomes dos doadores de cada candidato. Um acinte.
A emenda aprovada pela Câmara prevê também que só as pessoas físicas poderão fazer doações diretamente para os candidatos. De resto, aprovou-se o fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos.
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