A contínua escalada da violência, aliada a episódios de corrupção envolvendo membros da gestão ou aliados muito próximos – além das crises políticas com alguns dos correligionários que ajudaram na eleição -, tem ofuscado ações positivas do comunista.
O sentimento geral é, principalmente, de frustração. É claro, o que não falta é tempo para Dino dar rumo a seu governo.
O problema, no entanto, é que, se tem muito tempo para resolver todos os problemas, o governador tem, na mesma medida, expectativas altas demais para atender.
E esse é um complicador criado por ele mesmo. Durante quatro anos – desde que perdeu a eleição em 2010 -, Flávio Dino ocupou-se de fazer uma oposição raivosa ao grupo Sarney.
Não havia nada de certo ou de bom na gestão passada, na visão dele. O comunista, então, criou uma falsa imagem de salvador da pátria. E fez o eleitorado acreditar nisso. “Com Flávio Dino no governo tudo será muito diferente”, pensavam os entusiastas do seu projeto.
Ocorre que, até agora, não há um projeto bem definido. Aquilo que ele não conseguiu melhorar, na verdade piorou. E aquela expectativa por uma virada radical de página no Maranhão, transforma-se rápido demais em frustração, desesperança.
Resultado: até aliados que antes pareciam xiitas na defesa do comunismo maranhense já têm críticas a fazer. E os opositores, que até janeiro morriam de medo do que estava por vir, começam a perceber que Flávio não é tão bom quanto “se vendeu”…
Gilberto Lêda
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