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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Cunha diz ter 'total' condição de presidir a Câmara, mesmo sendo réu

CUNHA
Suspeito de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e apesar de todo o desgaste político, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reforçou na tarde desta quinta-feira (25) que se sente em condições de permanecer no cargo ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal) o torne réu ao julgar as denúncias que recaem contra ele.

O julgamento está marcado para a próxima quarta-feira (2), mas a expectativa dos ministros é que a análise da denúncia oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) se estenda por duas sessões.

"Total, total [condições de permanecer na Presidência]. Já fui réu em outra ação aceita pelo Supremo em 2013. O Supremo decidiu por 5 a 3. E depois fui absolvido por unanimidade. Todo mundo tem a presunção. Dou o meu próprio exemplo, já aconteceu comigo de eu ter sido declarado réu e depois absolvido", respondeu Cunha quando questionado.

Ele contudo evitou polemizar quando perguntado se considera o fato de o Supremo ter agendado com brevidade seu julgamento como uma "perseguição". É dessa forma que o presidente da Câmara tem tratado o caso quando comenta o envio das denúncias que recaem contra si pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF.

Se a acusação da Procuradoria for acolhida pelos ministros, será aberta uma ação penal e o peemedebista vira réu e passa a responder às acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.

Como informou a Folha de S.Paulo nesta quarta (24), a expectativa no Supremo é de que a denúncia seja aceita pelos ministros, levando ao debate de outro pedido feito pela Procuradoria: o afastamento de Cunha da Presidência da Câmara por usar o cargo para atrapalhar as investigações contra ele.

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