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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Motorista é dono de refinaria defendida por Cunha


O economista Felipe Diniz relatou em depoimento prestado a investigadores da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o comprador de uma refinaria defendida anteriormente pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), identificado como Ângelo Tadeu Lauria, é na realidade motorista de um lobista, que foi identificado nas investigações como sendo responsável pelo repasse de 1,3 milhão de francos suíços para o peemedebista. O repasse foi efetuado em 2011.

Segundo o jornal Correio Braziliense, a informação consta dos autos do inquérito onde Eduardo Cunha aparece como suspeito de ter recebido dinheiro de João Augusto Rezende Henriques, apontado como operador do esquema, em troca da compra de um poço de petróleo na África pela Petrobras. A petrolífera teria investido US$ 66 milhões sem encontrar o combustível fóssil.

Lauria e Henriques respondem a das ações judiciais em São Paulo. Em uma delas, Lauria teria comprado, em 2014, a Refinaria de Manguinhos através da Rodopetro. Uma funcionária da empresa, segundo o Correio, teria dito que o suposto motorista ainda trabalhava no local, já que se tratava de uma empresa alocada na refinaria.

"Ontem [sexta, 12], pouco mais de um mês depois da reportagem, a funcionária afirmou que Lauria não trabalha na refinaria, mas não soube dizer onde ele atuava profissionalmente agora", diz um trecho da matéria publicada neste sábado pelo veículo de imprensa.

Já Felipe Diniz, filho do ex-deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), falecido em 2009, disse ter conhecido Lauria em visitas que teria feito à residência de Henriques, no Rio de Janeiro, quando o motorista, quando o motorista trabalhava para o operador do esquema.

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