Ao lançar "Praia do futuro" no Festival de Berlim, em fevereiro, Wagner Moura tentou se esquivar das perguntas sobre as cenas de sexo entre seu personagem e o do ator alemão Clemens Schick. "Temos que ter responsabilidade de não fazer isso virar um assunto. É preciso ver essa relação entre eles com naturalidade." Não adiantou. As cenas estão se tornando o principal assunto do filme.
Em Niterói, no Cinemark do Plaza Shopping, cerca de 40 pessoas saíram no meio de uma sessão (domingo, às 21h) do novo filme de Karim Aïnouz, segundo revelou o colunista do GLOBO Ancelmo Gois.
Já em João Pessoa, um homem que foi assistir ao filme no Cinépolis foi alertado pelo atendente sobre as "cenas de sexo homossexual". "Senhor, tem certeza de que deseja ver esse filme?", teria perguntado o funcionário, segundo post publicado por Iarlley Araujo no Instagram.
Após receber o carimbo com "avisado" no ingresso, Iarlley questionou: "Isso é para os desavisados e preconceituosos, não pedir (sic) o dinheiro de volta?".
Segundo uma funcionária do Cinépolis de João Pessoa, que pediu para não ser identificada, o aviso é uma política da rede de cinemas: "Este é um procedimento da empresa para todo o país. Avisamos na bilheteria a cada cliente sobre a sinopse do filme. E esse tem uma questão de gênero, tem imagens fortes", disse.
O longa metragem foi o único a representar o Brasil na competição oficial de Berlim este ano, mas não recebeu nenhum prêmio. No filme, Wagner Moura interpreta Donato, um salva-vidas que muda completamente sua vida após salvar o turista alemão Konrad.
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