A Folha de domingo traz números de uma pesquisa Datafolha que indicam a situação miserável a que chegou o PT — e, é bom que os companheiros saibam, o que se tem aí ainda não é o fundo do poço. Os dados a esta altura são conhecidos, e a interpretação que lhes deu texto da Folha também. Começo este meu post destacando os números e, ao mesmo tempo, discordando da leitura que deles fez o jornal.
Leio o seguinte título na página A6: “Com a derrocada do PT, quem ganha não é o PSDB, mas Marina”. Bem, ouso dizer que isso vai além da interpretação. Trata-se de um erro porque os dados não o confirmam. Vamos ver os números da simulação de primeiro turno (se preciso, clique na imagem para ampliá-la).
Se a eleição fosse hoje, no cenário em que Aécio Neves é o candidato do PSDB; Marina, a da Rede, e Lula, o do PT, o tucano aparece com 31% das intenções de voto; o petista com 22%, e a redista com 21%.
Em relação a uma pesquisa de junho, Marina oscilou três para cima; Lula, o mesmo tanto para baixo, e Aécio aparece com quatro a menos. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, o certo, aprendi com o Datafolha, não é falar em queda ou crescimento, mas em oscilação.
Quando Alckmin é o candidato tucano, oscila de junho para novembro de 20% para 18%; Lula, de 26% para 22%, e Marina, de 25% para 28%. Também na margem de erro.
Num terceiro cenário, incluindo os nomes da psolista Luciana Genro (3%), do verde Eduardo Jorge (2%) e do peemedebista Michel Temer (2%), Aécio fica com 31%; Lula, com 22%, e Marina com 21%. Numa quarta composição, com Alckmin no lugar de Aécio, o governador de São Paulo obtém 18%; Lula, 22%, e Marina 28%.
Muito bem! Ocorre que o primeiro turno, a menos que o candidato consiga 50% mais um dos votos válidos, não elege ninguém. Vejam os números do segundo.
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