Destino de quase metade das vendas da Vale, a China freou seu crescimento e reduziu exportações e importações. O cenário trouxe dúvidas sobre o desempenho da mineradora brasileira.
À Folha o diretor-executivo de Minério de Ferro e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, disse, porém, que os embarques para o país se mantêm em alta, os preços do minério tendem a ficar "voláteis" e que a demanda pelo produto crescerá 5% neste ano -mesmo ritmo registrado de janeiro a maio.
"A China vai continuar crescendo", diz diretor-executivo da Vale
O PIB mais fraco da China no segundo trimestre (7,6%), anunciado ontem, já estava nas contas das mineradora. O resultado foi bem recebido, e as ações da Vale subiram 1,84% na Bovespa.
"A China passa por um processo de redução no investimento e de aumento do consumo. O setor externo também reduz seu dinamismo, mas a economia ainda crescerá entre 7% e 8% neste ano, um número ainda invejável."
Para Martins, a Vale não terá "problemas para colocar" minério na China, que manterá seu consumo aquecido, mesmo com o novo modelo de crescimento sustentado pelo mercado interno.
Haverá apenas uma troca, prevê o executivo. O uso de aço (o minério de ferro é sua principal matéria-prima) para veículos, eletrodomésticos e residências terá um "grande impulso". Já a utilização em obras de infraestrutura, máquinas e equipamentos e bens exportados será menor.
Com isso, diz, a procura por minério seguirá firme e beneficiará Brasil e Austrália, onde a produção já cresce, ao contrário de China e Índia.
"Ainda há muito minério de custo alto [de produção nesses dois países asiáticos] a ser substituído pelos produtores mais competitivos [o caso da Vale]. É uma questão de competitividade, qualidade e preço."
Para Martins, a maior oferta explica a redução dos preços do minério de ferro, e não a falta de demanda.
As cotações caíram da faixa de US$ 170 a tonelada em 2011 para US$ 140 neste ano.
À Folha o diretor-executivo de Minério de Ferro e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, disse, porém, que os embarques para o país se mantêm em alta, os preços do minério tendem a ficar "voláteis" e que a demanda pelo produto crescerá 5% neste ano -mesmo ritmo registrado de janeiro a maio.
"A China vai continuar crescendo", diz diretor-executivo da Vale
O PIB mais fraco da China no segundo trimestre (7,6%), anunciado ontem, já estava nas contas das mineradora. O resultado foi bem recebido, e as ações da Vale subiram 1,84% na Bovespa.
"A China passa por um processo de redução no investimento e de aumento do consumo. O setor externo também reduz seu dinamismo, mas a economia ainda crescerá entre 7% e 8% neste ano, um número ainda invejável."
Para Martins, a Vale não terá "problemas para colocar" minério na China, que manterá seu consumo aquecido, mesmo com o novo modelo de crescimento sustentado pelo mercado interno.
Haverá apenas uma troca, prevê o executivo. O uso de aço (o minério de ferro é sua principal matéria-prima) para veículos, eletrodomésticos e residências terá um "grande impulso". Já a utilização em obras de infraestrutura, máquinas e equipamentos e bens exportados será menor.
Com isso, diz, a procura por minério seguirá firme e beneficiará Brasil e Austrália, onde a produção já cresce, ao contrário de China e Índia.
"Ainda há muito minério de custo alto [de produção nesses dois países asiáticos] a ser substituído pelos produtores mais competitivos [o caso da Vale]. É uma questão de competitividade, qualidade e preço."
Para Martins, a maior oferta explica a redução dos preços do minério de ferro, e não a falta de demanda.
As cotações caíram da faixa de US$ 170 a tonelada em 2011 para US$ 140 neste ano.
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