O Senado, mais uma vez, se rebelou contra a pressa do Palácio do Planalto ontem.
A recondução de dois integrantes da cúpula da Aneel – o diretor-geral, Romeu Rufino, e Tiago Correia foi motivo para uma briga entre senadores do PMDB e o ministro Edison Lobão, que, a propósito, é peemedebista e senador licenciado. Quando se procura a causa do estresse, claro, nunca se encontra intenções republicanas.
O PMDB do Senado está irritado com Lobão, que, segundo bradam nos bastidores, só quer nomear “os seus” para a Aneel. O plenário só votou e aprovou o nome de André Pepitone. Lobão queria os três diretores de volta a seus cargos até o fim da semana.
O fato é que, ainda ontem Renan Calheiros vociferava contra o ritmo que o governo exige do Congresso. As reconduções foram enviadas ao Senado na quinta-feira passada. De público, Renan torpedeia em tom indignado, como se não soubesse o que está acontecendo:
- O Senado não vai se sujeitar a esse tipo de coisa, feita de uma hora para outra, com pressa. O prazo é muito apertado, as coisas não podem ser feitas assim.
A propósito, quem ajudou Lobão apressando todos os ritos na tentativa da aprovação dos nomes foi Fernando Collor, presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado. Collor, um homem que sempre pensa nos mais altos interesses do país, está retribuindo a Lobão os diretores que mantêm na BR Distribuidora.
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