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quarta-feira, 23 de julho de 2014

PMs, acusados de homicídio, continuam trabalhando


Dois policiais militares, envolvidos em um crime acontecido em 2011, continuam exercendo a função pública. O sargento Joniel Ribeiro Farias e o soldado Francisco Silva Lima são investigados pelo homicídio do pedreiro José Ribamar Vieira Batista, mas, três anos após o fato, integram, ainda, a corporação.

De acordo com informações, o pedreiro foi assassinado pelos militares durante uma abordagem policial na Av. Guajajaras, no dia 31 de outubro de 2011. O laudo, emitido pelo Instituto Médico Legal (IML), comprovou que foram efetuados cinco tiros laterais e de cima para baixo, como se a vítima estivesse sentada. Os PMs afirmaram que José Ribamar teria fugido de um posto de gasolina após abastecer R$ 10 de gasolina e não ter pago o serviço. Na versão dos policiais, após a perseguição, José Ribamar teria sacado um facão para ferir os policias que, então, teriam agido em legitima defesa efetuando os disparos. Entretanto, testemunhas do crime registraram a ação em um vídeo que mostra que a vítima sequer desceu do carro.

Os parentes da vítima contradisseram a versão dos policiais. Imagens, gravadas de um celular, pelo irmão do pedreiro, mostram o tanque do carro cheio e, também, questionam o motivo pelo qual a vítima fugiria do local, já que ela possuía dinheiro suficiente para abastecer.

O repórter da TV Mirante Alex Barbosa investigou o desenrolar do Inquérito Policial Militar (IPM) e descobriu que ambos os envolvidos estão exercendo o cargo de policial militar normalmente. O sargento Joniel Ribeiro Farias foi transferido para a cidade de Rosário, distante 30 km de São Luís, e o soldado Francisco Silva Lima continua trabalhando no 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), na Cidade Operária, mesmo local onde tirava plantão na época do homicídio.

O coronel Zanoni Porto, comandante-geral da PM, assumiu que os policiais estão nas ruas, mas ele disse que, apesar de parecer, “nós não passamos a mão na cabeça de alguém, (...). Nos últimos oito anos, foram excluídos 59 policiais militares (por conduta incompatível com a corporação); o julgamento e os recursos na parte administrativa demoram, mas todos estão sendo julgados e, aqueles que são comprovados com desvio de conduta, com certeza, são excluídos”.

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