Ao mesmo tempo em que reclamou de ter supostamente recebido um governo sem recursos, Dino anunciou diversas ações, logo no primeiro dia de gestão, que tendem a onerar drasticamente os cofres públicos, como parcerias institucionais com prefeituras, programas de distribuição de renda, seletivos e chamamento de concursados na Educação e na Segurança.
Dino promete aos prefeitos da Grande São Luís recursos para mobilidade urbana e para infraestrutura, mas passa o dia a reclamar, nas redes sociais, que o Estado está sem dinheiro para pagar fornecedores e prestadores de serviços da área de Saúde, por exemplo.
Nesta edição, O Estado traz reportagem que mostra outro descompasso entre o discurso e a prática do governador: sua gestão aumentou em 255 o número de cargos na Casa Civil, que agora superam os 800 servidores, todos comissionados.
Além disso, autorizou a mudança de simbologia para vários cargos, que garantirá aumento de salários a assessores diretos: muitos passarão a receber quase três vezes mais do que estava previsto no organograma do governo.
E as edições do Diário Oficial do Estado são uma atração à parte em relação aos gastos do governo.
O número de nomeações em todas as partes tem chamado a atenção, sobretudo pelo total de referências aos cargos do tipo “Isolado”, os chamados ISO,que garantem os maiores salários da administração pública.
São as contradições do governo Flávio Dino, que se elegeu com o discurso da mudança, da moralidade e da austeridade. Mas vem se mostrando, na prática, uma gestão perdulária. Ou, no mínimo, sem noção do que representam os gastos públicos…
Da coluna EstadoMaior, de O EstadoMaranhão
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