Prefeito de São Mateus, Hamilton Aragão |
Pode até ser que esteja bem orientado juridicamente para ter tomado a decisão de renunciar ao cargo de tesoureiro da Prefeitura de São Mateus, após surgimento de um cheque, assinado pelo prefeito Hamilton Aragão, no valor de R$ 106 mil, em poder do agiota Josival Pacovan, mas Washington Costa arranjou um problema enorme para resolver.
Ora, se, como ele diz na carta renúncia, o prefeito não autorizou emissão de cheques a terceiro, como ele recolheu a assinatura? O prefeito não verificou o valor do cheque ou teria assinado em branco? Nas duas possibilidades é crime, e grave contra o erário público, portanto o ex-tesoureiro pode até ter livrado o patrão, mas vai ter muitas dores de cabeça daqui para frente, caso as investigações se aprofundem, pois, se for verdade o que relata agora, ele teria se utilizado de um documento público para beneficiar particulares, e mais: foi apenas esta vez?
O agiota Pacovan é um dos presos na Operação “Morta-Viva”, da Polícia Civil e do Ministério Público. Também está preso o prefeito de Bacuri, Richard Nixo dos Santos, e a polícia está a procura do ex-prefeito de Zé Doca, Raimundo Nonato Sampaio, o Natim (PSC).
Ao estourar o cofre de Pacovan, a polícia encontrou o cheque assinado pelo prefeito de São Mateus, dia 30 de abril, isto é, 12 dias após ter recebido a garantia do governador Flávio Dino (PCdoB) de que receberia R$ 3 milhões para sanear o projeto Salangô, onde é plantado arroz, mas, segundo o tesoureiro, “o senhor prefeito não autorizou a emissão de cheque a terceiros”, disse o agora ex-auxiliar em carta-renúncia, que promete esclarecer futuramente o ocorrido.
Conversa Franca
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