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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Paulo Costa menciona Edison Lobão e Roseana ao listar os políticos que se beneficiaram da corrupção na Petrobras

Ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa

Ao depor nesta terça-feira (05) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a corrupção na Petrobras, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa disse que os problemas da empresa têm origem na ação dos maus políticos, dentre eles o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia. Os maus políticos, enfatizou, seriam os chefes do esquema de corrupção na Petrobras. “Não foi o diretor da Petrobras quem inventou o cartel. A origem da corrupção está em Brasília”, disse, acrescentando que “vocês do Legislativo têm papel fundamental para que isso seja redimido”. 

Diante da insistência do deputado André Moura (PSC-SE) para dissesse quem seriam os maus políticos, Costa listou: “Do PP, o ex-deputado José Janene, o deputado Mário Negromonte, o senador Ciro Nogueira. Do PMDB, o senador Renan Calheiros, o deputado Aníbal Gomes, o senador Romero Jucá. Do PT, o senador Lindbergh (Farias)”, disse. Costa mencionou ainda o ex-ministro Edison Lobão, das Minas e Energia e garantiu que a presidente Dilma recebeu doação para a eleição de 2010. Costa disse ter destinado R$ 2 milhões ao ex-ministro, dinheiro que seria para a campanha de Roseana Sarney, em 2010.

Segundo o ex-diretor da estatal, dos 35 anos em que trabalhou na Petrobras, apenas nos últimos sete ele teve contatos e envolvimento com políticos, o que fez com que ele fosse nomeado diretor. “Não se chega à diretoria da Petrobras sem apoio político. Tive a infelicidade de aceitar apoio político para chegar lá e me arrependo”, disse."Espero que o meu sacrifício, e de muitos outros, não tenha sido em vão", disse o ex-diretor de Refino e Abastecimento. 

Senador Edison Lobão
Ele explicou que a sua vida foi revirada do avesso, após as denúncias de corrupção na estatal, e espera que as investigações sejam aprofundadas "em todos os níveis". Paulo Roberto afirmou ainda que os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito têm a "oportunidade ímpar de melhorar este país".

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmou à CPI da Petrobras teor de depoimento que havia prestado à Justiça Federal, em que acusa o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, já falecido, de cobrança de propina para evitar investigações de uma comissão parlamentar de inquérito no Congresso.

Costa disse à CPI que doações de campanha feitas por empresas a partidos políticos não passam de uma espécie de “empréstimo” – como já tinha dito em depoimentos de delação premiada.“Não existe doação que depois a empresa não queira recuperar. 

Isso foi dito a mim por empresários”, disse. “Várias doações oficiais vieram de propina. Está claro na operação Lava Jato”, acrescentou. “Por que uma empresa vai doar R$ 20 milhões para uma campanha, se lá na frente ela não vai querer isso de volta? Não existe almoço grátis”, concluiu.
(Com dados do Jornal do Brasil)

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