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domingo, 28 de junho de 2015

Confiar, crer e acreditar...



A inflação continua subindo acima das expectativas, o Produto Interno Bruto cai mais do que se esperava, os vários poderes da República se distraem arrancando (para eles mesmos) cada vez mais de uma riqueza cada vez menor. Joaquim Levy? E como empresários e trabalhadores confiarão em Joaquim Levy se as próprias forças do Governo em que ele trabalha o hostilizam e sabotam?

Em economia, como em política, há um fator invisível que determina o futuro: a confiança. Confiar significa compartilhar a fé; dar crédito a alguém ou a alguma coisa. Quem não confia não investe, porque não tem lá muita certeza de que vai receber seu dinheiro de volta. Não investe, não exporta, não cria empregos, não ousa. Para que correr riscos, se sabe que é visto como vaca leiteira?

Em economia, como em política, há profecias auto-realizáveis. Se o público acredita que um banco vá quebrar, o banco vai quebrar, porque todos irão retirar seu dinheiro antes da quebra. Se o público acredita que o Governo é fraco, sem força para cumprir suas promessas, o Governo será fraco até prova em contrário. 

Quem pode pedir confiança ao cidadão? O PSDB vota no Congresso contra aquilo que defende e que sempre defendeu, para enfraquecer ainda mais o Governo. O PT vota contra aquilo que defende e que sempre defendeu, para garantir seus cargos. Governistas votam contra o Governo, embora Governo sejam.

Quando não dá para confiar no Governo nem na oposição, a inflação dispara para cima, o PIB dispara para baixo, o emprego some.

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