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segunda-feira, 29 de junho de 2015

O incontestável

Flávio Dino

O governador Flávio Dino (PCdoB) demonstra a cada dia que o caminho que trilha como gestor público vai notadamente de encontro ao discurso dito e repetido tantas vezes nas edições do Diálogos pelo Maranhão, movimento pré-eleitoral cuja temática era a busca de informações sobre a situação do estado em vários municípios.

Depois de se tornar governador, Dino mostra a cada dia que não é o mesmo daqueles “diálogos”. Agora se acha incontestável. Não aceita ser confrontado e nem que os números de seu governo sejam considerados falhos ou longe da realidade.

Quem ousa fazer isso é logo bombardeado com acusações e represálias, tentando insinuar haver sempre conotações políticas em seus questionamentos ou críticas.

A mais recente demonstração de que se agrava a síndrome de Deus do governador ocorreu em reunião com representantes da Pastoral Carcerária do Maranhão. Dino decidiu começar a reunião mostrando dados e números que apontam que tudo é melhor no sistema prisional do Maranhão depois de 1º de janeiro deste ano.

No entanto, diante de tantos dados fictícios, o representante da Pastoral, padre Roberto Perez, contestou a fala do governador e ousou dizer que, na realidade, a situação nos presídios do Maranhão piorou desde janeiro de 2015.

Ora, quem é este representante da Pastoral Carcerária – que vive diariamente nas penitenciarias do estado e trabalha diretamente com os detentos – para ousar contestar o todo-poderoso governador do Maranhão?

O resultado era previsível: acusações, insultos e destratos que – nos habituais posts numa rede social – passaram até pela acusação de recebimento de “mensalinhos”.

Assim é o governador do Maranhão: se julga acima de qualquer crítica e com autoridade quase divinal de castigar infiéis. No caso de Dino, os infiéis são todos aqueles que discordam de seus pontos de vistas e todas as melhorias (sejam elas imaginárias ou não) apresentadas pelo seu governo.

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