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sábado, 20 de junho de 2015

Mais doze presos na operação Lava Jato

Os 12 presos na 14ª fase Operação Lava Jato foram levados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, na manhã deste sábado (20), para fazer o exame de corpo de delito. 

O procedimento é de praxe sempre que alguém é preso pela polícia. Eles saíram da carceragem da Polícia Federal (PF) por volta das 9h30 e seguiram para o IML, chegando ao local perto das 10h. Do total de presos, quatro estão em caráter temporário e os demais em caráter preventivo.

Eles ficaram no IML por cerca de duas horas. A PF informou que os quatro presos temporários vão prestar depoimento aos delegados da corporação neste sábado – dois às 15h e outros dois às 17h.

O avião da Polícia Federal com 11 dos investigados pousou em Curitiba por volta das 19h40 de sexta-feira (19). Dali, eles seguiram para a Superintendência da PF, onde estão detidos. O 12º preso, Paulo Roberto Dalmazzo, ex-executivo da Andrade Gutierrez, se entregou na Superintendência da PF, acompanhado do advogado.

A operação ainda cumpriu 38 mandados de busca e apreensão e 9 de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas tinham esquema "sofisticado" de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior. O delegado Igor Romário de Paula afirmou que há indícios bem concretos, com documentos, de que os presidentes das empresas tinham "domínio completo" de atos que levaram à formação de cartel e fraude em licitações, além de pagamento de propinas.

Esta fase da operação foi batizada de Erga Omnes e investiga crimes de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro, entre outras.

Erga Omnes trata-se de uma expressão muito usada no direito, que afirma que a lei deve atingir todos de modo igual. A Lava Jato foi deflagrada em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

A Odebrecht foi citada em 15 de setembro do ano passado durante um depoimento de Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro. Na época, ele detalhou à Polícia Federal supostas irregularidades cometidas pela empresa em contratos com a Petrobras.

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