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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Crise no sistema prisional do Maranhão provoca troca de acusações

A boa convivência do Governo do Estado e a Igreja foi estremecida neste sábado com a publicação de duas notas sobre a reunião do governador Flávio Dino (PCdoB) com membros da Pastoral Carcerária, em que, segundo a versão do órgão do Clero, um dos seus membros foi tratado de forma deseducada pelo governador, que teria tido um comportamento de prepotência e desequilíbrio emocional.

Na sua carta, a Pastoral diz que o governador, além de se auto-elogiar pelas melhorias que considera no sistema carcerário, teria apresentado números que não correspondem à realidade e o desafia a mostrar onde estão os avanços no tratamento dispensado aos prisioneiros.

"Solicitamos do senhor governador que apresente para a sociedade dados objetivos que comprovem o que ele afirma com tanta segurança a respeito da realidade prisional. Quantos novos professores, escolas, defensores públicos, por exemplo, foram contratados no seu governo, e em quais casas de detenção estão atuando. Essas eram algumas das informações que esperávamos dele no embate com o coordenador, em lugar de ‘reagir’ da mesma forma que os seus antecessores quando alguém ensaiava ‘arranhar a sua imagem pública’ com dados e argumentações", diz a nota da pastoral.

Em resposta, o Governo do Estado distribuiu nota em que contesta a veracidade da versão do órgão da Igreja: "A nota é absurdamente inverídica, pois jamais o governador do Estado afirmou que o sistema penitenciário estava perfeito e isento de problemas, tampouco se “descontrolou”. Frise-se que a reunião encontra-se gravada e terminou com uma festiva foto, com todos os participantes".

Ainda de acordo com a nota do Governo do Estado, "o governador do Estado apenas respondeu a uma equivocada afirmação de que o sistema penitenciário “piorou” neste ano de 2015. Ao fazê-lo, resumiu os avanços e anunciou as medidas que serão adotadas para continuar melhorando. Lembramos que, neste ano, houve uma redução de 61% no número de fugas e de 63% no número de mortes, e nenhuma rebelião em Pedrinhas. Os dados são públicos e estão à disposição de todos".

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