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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Em retaliação a PT, Cunha aceita pedido de impeachment de Dilma

Eduardo Cunha
Com a decisão dos deputados federais petistas de votar pelo prosseguimento da cassação de seu mandato, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu seu grupo de aliados e, logo depois, anunciou que aceitou pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo relatos de presentes, o peemedebista colocou sobre a mesa do gabinete da presidência quatro pedidos de impeachment com pareceres prontos, entre eles o apresentado pelo Solidariedade e o protocolado por Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal.

O peemedebista disse que considera dar prosseguimento a um dos pedidos até a próxima terça-feira (8), quando o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve decidir se dará ou não prosseguimento à representação que pede a cassação de seu mandato.

Em conversas reservadas, Cunha queixou-se do fato do Palácio do Planalto ter informado a ele na manhã desta quarta-feira (2) que o acordo de trégua no Conselho de Ética estava mantido. Segundo a reportagem apurou, após a decisão dos parlamentares petistas, o governo federal voltou a entrar em contato com ele para dizer que a decisão do partido não era definitiva e que, até terça, o Palácio do Planalto tentaria reverter o quadro.

Cunha, no entanto, tem dito a aliados e a correligionários que não acredita na possibilidade de reviravolta.

Com o placar apertado, os aliados do peemedebista deram início nesta quarta-feira a movimento para tentar angariar votos no DEM e no PTB pelo arquivamento do processo de cassação. Pelas sondagens que fez, Cunha não acredita ser possível reverter os votos do PSDB, que já anunciou no Conselho de Ética que votará pela admissibilidade.

CONTRA CUNHA - Após uma longa negociação de bastidores, a bancada do PT na Câmara dos Deputados cedeu à pressão de sua militância e do presidente da legenda, Rui Falcão, e decidiu no início da tarde desta quarta que irá votar pela continuidade do processo de cassação do presidente da Câmara dos Deputados.

Os votos dos três integrantes do PT no Conselho de Ética (que reúne um colegiado de 21 deputados federais) são considerados cruciais para definir se o processo contra Cunha segue ou será arquivado. A mudança de posição dos petistas, que até então estavam inclinados a fechar com Cunha, tem potencial explosivo no Congresso.

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