A Polícia Federal quer abrir inquérito específico para tratar da suposta relação do sítio de Atibaia (SP) frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "com a empresa OAS e outras empresas e pessoas investigadas na Operação Lava Jato".
A informação está em ofício enviado ao juiz Sérgio Moro, responsável pela condução da Lava Jato. Moro, em resposta, afirmou que não tem "óbice" ao pedido, desde que o Ministério Público Federal aceite.
A PF pediu que os documentos da OAS relativos ao assunto sejam enviados para o futuro inquérito, que tramitará em dependência a outro já aberto.
A Folha de S.Paulo havia divulgado, em novembro, que a PF investigava a propriedade rural que está registrada em nome de dois sócios de um dos filhos do ex-presidente, mas não que haveria um inquérito separado e específico sobre o sítio, medida agora tornada expressa pela polícia.
No último dia 29, a Folha de S.Paulo revelou que a ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviços em Atibaia afirmaram que a construtora Odebrecht realizou a maior parte das obras de reforma do sítio.
O pedido da PF para um novo inquérito foi feito no decorrer de um inquérito aberto pela Lava Jato em 2 de julho de 2014 para investigar supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro prestados por dirigentes da OAS.
Procurada na noite de terça-feira (9), a assessoria do Instituto Lula não havia dado uma resposta até às 21h.
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