Nem mesmo a desconfiança num possível governo Temer e o cansaço de mais de onze horas esperando o resultado da votação não atrapalhou a festa dos manifestantes que acompanharam a votação do impeachment na praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Cerca de dez mil pessoas, de acordo com os movimentos pró-impeachment, festejaram o que pode ser o primeiro passo para a retirada de Dilma Rousseff.
A medida que os votos "sim" abriam vantagem no placar, o sorriso no rosto daqueles que apoiam o impeachment ficava mais largo. A maioria vestia camisa verde e amarela. Eles carregavam faixas de apoio a Sérgio Moro, críticas ao PT, Lula e Dilma e até campanha antecipada para o deputado Jair Bolsonaro na disputa da presidência em 2018.
O professor universitário Vanderley Vasconcelos, de 60 anos, acompanhou a votação inteira pregado na grade em frente ao telão. Mesmo sabendo que Michel Temer está envolvido em casos de corrupção, ele afirma que essa é a melhor forma de solucionar a crise.
" É a forma institucional de resolver. Com a Dilma a situação poderia piorar, com Temer não tem como ficar pior do que já está", disse. Ele destacou ainda que a sugestão de novas eleições não é uma saída viável. "Não há previsão na constituição para chamar novas eleições, seria prolongar essa crise, é melhor esperarmos até 2018 com Temer", ressaltou. (Bernardo Miranda)
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