O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), planeja votar em plenário no dia 17 de maio, uma terça-feira, a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que, se aprovado, levará ao afastamento.
A Folha teve acesso a um calendário por escrito montado pelo senador com seis etapas até a votação no dia 17.
A primeira é a leitura nesta terça (19) da decisão da Câmara, que aprovou a abertura do processo no último domingo (17). O próximo passo é sexta (22), prazo final para indicação dos membros da comissão. O calendário então menciona o dia 26 para eleição desta comissão em plenário e cita sua instalação como "possivelmente" no mesmo dia ou na quarta (27).
O quinto passo do rito menciona as datas de 10 e 11 de maio para votação do parecer na comissão especial. A partir daí, o documento destaca a necessidade de 48 horas para que a decisão seja levada a plenário.
O último ponto do calendário estabelece então 17 de maio, uma terça, como votação em plenário, já que, pela interpretação de Renan, não pode ocorrer sessão deliberativa às sextas e segundas.
O presidente do Senado reuniu-se com líderes dos partidos nesta terça para definir o rito. A oposição, pró-impeachment, pressiona para que a trâmite seja acelerado, mas o senador, próximo politicamente da presidente Dilma Rousseff, sinaliza que não vai ceder.
"A expectativa que há é que na próxima terça nós vamos eleger a comissão especial que é quem ditará o ritmo da instrução processual porque ela tem prazo de até 10 dias. Não vou fazer absolutamente nada que fira a minha condição de julgador nesse processo", afirmou Renan.
Ao contrário do que aconteceu na tramitação do impeachment na Câmara, Renan não irá alterar o ritmo de trabalho do Senado nos próximos dias. Segundo o peemedebista, a eleição da comissão não poderá ocorrer na segunda (25) porque a Casa só realiza sessões deliberativas de terça a quinta. (FolhaPress)
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