Aprovada a abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, os olhos se voltam a partir de agora para o Senado e seu presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A presidente Dilma Rousseff, afinal, só será afastada do cargo provisoriamente se a maioria simples dos senadores confirmar a decisão dos deputados.
Nesse caso, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), torna-se presidente interinamente.
A grande dúvida entre senadores governistas e da oposição é sobre como Renan irá se comportar em relação ao rito do impeachment –se vai acelerá-lo ou manter a expectativa de que a decisão ocorra apenas no início do mês de maio.
A oposição tentará pressioná-lo a acelerar o processo apostando no placar da Câmara e em algumas declarações dúbias que Renan deu sobre o processo.
Os oposicionistas temem que o governo, apesar de estar praticamente paralisado, tenha tempo para negociar cargos e recursos na esperança de mudar votos de senadores indecisos.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) e Renan nunca foram próximos, mas o presidente do Senado, avaliam peemedebistas contrários ao governo, terá que fazer composições pensando no futuro, já que ficará "apenas" mais seis meses na presidência.
Depois disso, se quiser ter algum tipo de influência com Temer, terá que compor com aqueles dos quais sempre foi distante.
Já os governistas contam com Renan, que tem sido a última âncora do governo no Congresso Nacional, para que todos os prazos regimentais sejam cumpridos integralmente. (Folha de S.Paulo – Mariana Haubert)
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