Agenor Brandão, presidente da camara |
A população do povoado São Miguel, zona rural do município de Rosário, reivindicaram durante todo o dia de ontem (23), contra os crimes praticados ao meio ambiente nas matas que ficam nos arredores do povoado. Eles protestaram contra os desmatamentos e a extração ilegal de madeira na região.
São Miguel é a maior e a principal comunidade entre mais de 30 povoados circunvizinhos, com média de quase 7 mil habitantes no total.
Nesta segunda-feira a população do povoado se reuniu e bloqueou a passagem de caminhões que transportam lenha ilegalmente todos os dias para as cerâmicas da cidade de Rosário. O meio ambiente já está prejudicado com a ação descontrolada e desenfreada dos extrativistas.
O manifesto pacífico contou com a participação de dezenas de pessoas entre crianças e adultos, e aconteceu na estrada principal do povoado, em frente à igreja católica, principal rota dos caminhões.
A ação do homem tem trazido grandes prejuízos às pessoas e ao ecossistema, pois, com o desmatamento, rios e igarapés tendem a secar, e animais são obrigados a fugirem para locais de mata mais densa, causando transtornos àqueles que sobrevivem da pesca, lavoura e caça.
As imagens mostram, claramente, como fica a natureza com a extração de árvores produtoras de oxigênio, sombra e frutos. É de lamentar ver a devastação daquilo que serve para o bem comum da população, rios e animais.
Alunos em São Miguel |
Diante da problemática, os vereadores da cidade de Rosário levantaram a discussão no plenário da câmara municipal, na sessão desta segunda-feira, e prometeram elaborar uma lei municipal o mais rápido possível a fim de proibir a extração irregular de madeira, bem como orientar os empresários do ramo de cerâmica a utilizarem outros meios para queimar a matéria produzida por eles.
O presidente da câmara, vereador Agenor Brandão (PV) e os demais parlamentares da casa se solidarizaram com a comunidade e prometeram acelerar as discussões a respeito da elaboração de uma lei e criar punições severas a quem continuar praticando o crime.
O presidente da comissão de meio ambiente da casa, vereador Luis Carlos, o Kiko (PP) disse que, como membro titular da comissão tem o dever de apoiar a comunidade contra os desmatamentos, reiterando que ajudará a aprovar o projeto, caso seja encaminhado para a comissão da qual preside.
Membros da comunidade também já denunciaram o crime a polícia militar e ao Ministério Público.
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