O governador Flávio Dino (PCdoB) deve enfrentar dificuldades para cumprir o "compromisso" de convencer outros governadores do Nordeste a fazerem a "defesa constitucional" do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), conforme promessa feita em coletiva de imprensa após reunião em Brasília com a petista, no final de fevereiro deste ano, já que encontra dificuldades para acabar com a "polarização política" de "vozes da oposição" dentro de seu próprio governo.
No último dia 9, enquanto Dino passou boa parte do expediente de trabalho no Twitter acusando adversários da presidente de querer "repetir março de 1964" - numa alusão ao golpe militar que derrubou o governo democrático do presidente João Goulart -, o secretário de Industria e Comércio do Maranhão, Simplício Araújo, do Solidariedade, também usou o seu perfil pessoal no microblogging, porém enaltecendo as manifestações pelo país contra o governo do PT e em defensa do impeachment de Dilma.
- O ato de ontem foi liderado e organizado em redes sociais e demostra a rejeição do brasileiro à presidente e a política. É urgente mudar - tuitou Simplício.
Minutos antes, enquanto Flávio Dino criticava o que definiu como "golpismo travestido de impeachment", seu secretário de governo fazia uma espécie de convocação aos seus seguidores para participação em um protesto nacional agendado pelas redes sociais para o próximo dia 15, para pedir a saída da presidente do cargo.
- Impressionado com o panelaço que ecoou em cidades brasileiras ontem durante o pronunciamento de Dilma. Dia 15 de março será imprevisível - alertou.
Apesar de ocupar exatamente a pasta afeita ao tema, Simplício Araújo também tem dado as costas para a proposta do governador do Maranhão de construção de uma refinaria de menor porte, estimada em apenas R$ 8 bilhões, em Bacabeira, município onde as obras da Premiu I foram abandonadas pela Petrobras, após consumir mais de R$ 583 milhões dos cofres da petrolífera somente em terraplanagem, além de mais R$ 1 bilhão em projetos, treinamentos, transporte e estudos ambientais.
Críticos dos mais ferrenhos, enquanto deputado federal, da demora da estatal na conclusão das obras e entrega da refinaria no Maranhão, o secretário de Industria e Comércio mantém-se absolutamente calado desde que perdeu a eleição, em outubro passado.
Nem mesmo um nota para tratar do assunto ou mesmo defender o projeto alternativo apresentado por Dino à presidente Dilma foi emitida até agora.
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