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domingo, 6 de setembro de 2015

Mercadante e ex-tesoureiro de Dilma viram alvos de investigação no STF

O ministro Teori Zavascki, relator da operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a abertura de investigação contra o tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, Edinho Silva, atual ministro da Comunicação Social. A suspeita é que ele teria recebido R$ 7,5 milhões de propina da UTC Engenharia usados para eleger a petista em 2014, segundo depoimento do delator Ricardo Pessoa, dono da empreiteira.

A apuração sobre eventual pagamento de propina via doação eleitoral para obtenção de contratos com a estatal está na mira da PGR (Procuradoria Geral da República), que solicitou ao STF investigação sobre irregularidades nas campanhas presidenciais de 2006, 2010 e 2014, que elegeram os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

A investigação atinge diretamente o núcleo político do governo da petista e traz a apuração sobre o esquema de corrupção na Petrobras para dentro do Palácio do Planalto. Os pedidos de abertura de inquérito foram solicitados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC. O ministro Teori Zavascki também autorizou neste sábado a abertura de investigação contra o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Na delação, segundo a revista "Veja", Pessoa disse ter sido "persuadido" por Edinho Silva a "contribuir mais para o PT", uma vez que a UTC tocava grandes contratos com a Petrobras. "O Edinho me disse: 'Você tem obras na Petrobras e tem aditivos. Não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Estou precisando." Os detalhes da propina teriam sido acertados pelo atual chefe de gabinete do ministro, Manoel de Araujo Sobrinho. Segundo a revista, o ministro teria afirmado: "O senhor tem obras no governo e na Petrobras. O senhor quer continuar tendo."

Na delação, Pessoa também citou o repasse de R$ 3,6 milhões, entre 2010 e 2014, para o tesoureiro da primeira campanha de Dilma, José de Filippi, e para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso pela Lava Jato. O empresário mencionou ainda doações à campanha de Lula em 2006.

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