Momentos antes de o ônibus da Viação 1001 cair numa ribanceira no km 102 da Rodovia Rio-Teresópolis, o motorista do coletivo, Eduardo Fernandes, de 44 anos, gritou para os passageiros colocarem o cinto de segurança, pois não conseguia mais controlar o veículo. Em pânico, algumas pessoas levantaram de suas poltronas e correram para o fundo do coletivo. Gritos assustados cortavam o silêncio. O relato sobre o que aconteceu nos segundos anteriores ao acidente que deixou 14 pessoas mortas, ocorrido na tarde desta segunda-feira, foi passado por sobreviventes a parentes que os visitaram no Hospital das Clínicas de Teresópolis, na Região Serrana do Rio.
No início da tarde desta terça, a doméstica Welika de Souza Malaquias, de 21 anos, teve alta da unidade. Usando um colar cervical e com o olho roxo, ela falou sobre o acidente:
- Não vi nada na hora. Foi um susto. Agora estou me sentindo aliviada.
Welika trabalha como doméstica no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, e a cada 15 dias visita a família em Além Paraíba, no Noroeste Fluminense.
Doze pessoas continuam internadas no Hospital das Clínicas. A que está em estado mais grave é a aposentada Ernestina Santos, de 81 anos, com lesões na cabeça e no peito. Ela voltava para casa, na Tijuca, Zona Norte do Rio, depois de visitar a irmã em Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense. Era a primeira vez que Ernestina fazia a viagem de ônibus. Ela costumava ir dirigindo, mas há alguns meses teve a carteira suspensa depois de ser reprovada no exame de vista.
Ernestina estava acompanhada da cunhada, Zenalda Pereira Frauches, de 73 anos, que morreu na tragédia.
- As duas viajariam hoje (terça-feira), mas a Zenalda insistiu em retornar um dia antes. Na última hora, a Zenalda mudou de ideia, mas aí a passagem já estava comprada e minha avó falou que era melhor voltarem logo - contou a estudante de enfermagem Larissa Frauches, de 22 anos, nesta de Ernestina.
Parentes de vítimas que estão internadas em Teresópolis reclamam do atendimento prestado pela Viação 1001, alegando não terem dinheiro para cobrir despesas com hospedagem e alimentação. Segundo eles, somente na tarde desta terça funcionários da empresa apareceram no hospital. Em nota, a assessoria de imprensa da Viação 1001 informou que “a empresa mantém equipes nas unidades hospitalares e também no IML (Instituto Médi-Legal) do Rio de Janeiro para acompanhar e prestar assistência necessária às vítimas e seus familiares.”
Além do Hospital das Clínicas, há duas pessoas internadas no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio.
O acidente na Rio-Teresópolis ocorreu por volta das 14h40m desta segunda-feira, no quilômetro 102 da Rodovia Rio-Teresópolis, na altura de Guapimirim. O coletivo havia saído de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, com 29 passageiros e o motorista. O ônibus caiu numa ribanceira e, até parar, derrubou árvores. Segundo peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), o tacógrafo (aparelho que registra a velocidade) marcava 80 km/h no momento do acidente - a velocidade máxima permitida no trecho é de 60 km/h.
No início da tarde desta terça, a doméstica Welika de Souza Malaquias, de 21 anos, teve alta da unidade. Usando um colar cervical e com o olho roxo, ela falou sobre o acidente:
- Não vi nada na hora. Foi um susto. Agora estou me sentindo aliviada.
Welika trabalha como doméstica no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, e a cada 15 dias visita a família em Além Paraíba, no Noroeste Fluminense.
Doze pessoas continuam internadas no Hospital das Clínicas. A que está em estado mais grave é a aposentada Ernestina Santos, de 81 anos, com lesões na cabeça e no peito. Ela voltava para casa, na Tijuca, Zona Norte do Rio, depois de visitar a irmã em Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense. Era a primeira vez que Ernestina fazia a viagem de ônibus. Ela costumava ir dirigindo, mas há alguns meses teve a carteira suspensa depois de ser reprovada no exame de vista.
- As duas viajariam hoje (terça-feira), mas a Zenalda insistiu em retornar um dia antes. Na última hora, a Zenalda mudou de ideia, mas aí a passagem já estava comprada e minha avó falou que era melhor voltarem logo - contou a estudante de enfermagem Larissa Frauches, de 22 anos, nesta de Ernestina.
Parentes de vítimas que estão internadas em Teresópolis reclamam do atendimento prestado pela Viação 1001, alegando não terem dinheiro para cobrir despesas com hospedagem e alimentação. Segundo eles, somente na tarde desta terça funcionários da empresa apareceram no hospital. Em nota, a assessoria de imprensa da Viação 1001 informou que “a empresa mantém equipes nas unidades hospitalares e também no IML (Instituto Médi-Legal) do Rio de Janeiro para acompanhar e prestar assistência necessária às vítimas e seus familiares.”
Além do Hospital das Clínicas, há duas pessoas internadas no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio.
O acidente na Rio-Teresópolis ocorreu por volta das 14h40m desta segunda-feira, no quilômetro 102 da Rodovia Rio-Teresópolis, na altura de Guapimirim. O coletivo havia saído de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, com 29 passageiros e o motorista. O ônibus caiu numa ribanceira e, até parar, derrubou árvores. Segundo peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), o tacógrafo (aparelho que registra a velocidade) marcava 80 km/h no momento do acidente - a velocidade máxima permitida no trecho é de 60 km/h.
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