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quinta-feira, 20 de março de 2014

Essa é boa! Programa de computador vai detectar nepotismo cruzado


Após exonerar 18 servidores do Tribunal de Justiça por prática de nepotismo, o próximo passo para cumprir a resolução n° 007/2005 do Conselho Nacional de Justiça, será comparar os vínculos de parentesco dos servidores dos demais tribunais do Piauí e do poder executivo, a fim de detectar casos de nepotismo cruzado.

A medida, segundo o Secretário de Administração do TJ, Alcir Marcus Ribeiro Borges, será facilitada por um novo software que fez o recadastramento de todos os servidores do órgão e que consegue identificar as linhas de parentesco desde os avós. “Isso significa que se dois servidores têm o mesmo nome de avô ou de pai, há indício de que sejam da mesma família”, disse o secretário, acrescentando que, após detectar os vínculos familiares, eles são checados, pois duas pessoas podem ter pais ou avós homônimos.

Secretário de Administração do TJ, Alcir Marcus Ribeiro BorgesA metodologia foi determinante para exonerar, ontem, os 18 servidores do TJ, e passará a ser utilizada de forma preventiva. “No ato da nomeação, seja para cargo comissionado ou efetivo, o software vai analisar se não há parentes daquela pessoa nos diferentes órgãos do Estado, o que será útil para evitar o nepotismo cruzado”, disse Alcir Marcus.

Os servidores que podem ser exonerados geralmente possuem dois tipos de graus de parentesco. Um deles é de familiares, ambos exercendo cargos por comissão. Dessa forma, os dois são retirados do serviço público. Outro caso possível é de servidores comissionados que têm vínculo de parentesco com efetivos. “Nessa última circunstância, o servidor concursado perde o cargo por comissão e o comissionado é exonerado”, explica o secretário, acrescentando que isso serve também para os magistrados.

As últimas exonerações aconteceram, na maioria, em fóruns do interior, onde era mais difícil detectar o nepotismo sem o auxílio do software.

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