Ao depor nesta quarta-feira na CPI da Petrobras, na Câmara Federal, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino Ramos, informou que a empresa está preparando a devolução dos terrenos recebidos dos governos do Maranhão e do Ceará para instalação das refinarias Premium I e Premium II, respectivamente.
Celestino reafirmou o posicionamento da estatal de descartar o projeto de construção das duas refinarias do Nordeste, e disse também que a motivação da companhia foi pautada no cenário econômico e a falta de parceiros. Além dele, também prestou depoimento o gerente Geral da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), Fábio Lopes de Azevedo.
Sobre a devolução dos terrenos onde seriam instaladas as refinarias, o diretor disse que esta é uma exigência da legislação, pois a empresa precisa dar baixa nos ativos que não usará mais. Ele admitiu que os estados não foram avisados com antecedência porque a legislação das sociedades anônimas exige que o mercado financeiro seja informado em primeiro lugar.
Isso foi feito por meio de um Fato Relevante divulgado em janeiro passado. Apesar da explicação, a decisão da estatal de não informar previamente os governos dos dois estados foi criticada pelos parlamentares presentes.
A Comissão Externa da Câmara dos Deputados que apura o cancelamento das refinarias da Petrobras Premium I e II agendou a sua primeira visita in loco para avaliar os impactos da suspensão dos empreendimentos nos dois estados. A equipe de deputados irá ao município de Bacabeira-MA no próximo dia 17 de abril.
A coordenadora da comissão, Eliziane Gama (PPS-MA), questionou o diretor sobre o desperdício de dinheiro com o cancelamento do projeto. Ela destacou que os dois estados corresponderam a todos os critérios técnicos apresentados pela empresa e mesmo assim a Petrobras suspendeu a construção e nem sequer os comunicou sobre a decisão.
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