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domingo, 17 de abril de 2016

Às vésperas de votação, sessão na Câmara tem bate-boca e empurrões

A sessão que julga o impedimento da presidente Dilma Rousseff adentrou a noite com ânimos exaltados no plenário da Câmara dos Deputados. O deputado Beto Mansur (PRB/SP), que presidia a mesa, foi obrigado a interromper a sessão diversas vezes para pedir aos deputados que mantivessem a calma e respeitassem a Casa e os demais parlamentares. Deputados trocaram ofensas e, por vezes, se aproximaram do confronto físico.

A primeira confusão ocorreu quando Alberto Fraga (DEM/DF) subiu à tribuna. Segundo os demais parlamentares, ele não estava inscrito na lista que determina a ordem em que os deputados falariam. Muitos pediam firmeza do presidente da mesa na condução do rito. Os ânimos foram se exaltando ao longo da discussão. No plenário, os políticos trocaram gritos de “golpista” e “corruptos”.

A situação gerou empurra-empurra e foi apaziguada pela turma do “deixa-disso”.O bate-boca começou novamente quando o deputado Rocha (PSDB/AC) foi interrompido por petistas durante seus três minutos na tribuna ao se referir à presidente Dilma Rousseff e aos parlamentares do PT como corruptos. Ele lembrou que a chefe de Estado figura como réu em processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por conta da interrupção, Rocha pediu ao presidente da mesa reposição do tempo, mas não foi atendido, gerando tumulto entre oposição e governistas.

Em meio ao clima irritadiço, o deputado Givaldo Vieira (PT/ES) subiu à tribuna e, atacado pela oposição, ordenou aos parlamentares que “calassem a boca” e o respeitassem. Novamente, o presidente da mesa teve que interromper.

- Nós estamos sendo vistos pela sociedade num momento muito importante. É fundamental que nós respeitemos as opiniões de quem está no microfone - disse o deputado Beto Mansur.

Mais cedo, por volta das 22h, o presidente da mesa lembrou que esta é a sessão mais longa do Congresso. Iniciada às 8h55 da sexta-feira, ela já durava, àquela altura, 36 horas e 35 minutos.

- A sessão que nós tivemos o maior tempo, 22h27, discutiu a MP 595/2012, que foi a medida provisória dos portos. Nós já estamos em 36h35 de sessão, que é essa sessão de denúncia contra a presidente. (Por Barbara Nascimento)

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