O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alterou na última hora um dos critérios de votação com os quais o governo conta para conseguir a quantidade necessária de votos para derrubar o impeachment de Dilma Rousseff, a segunda chamada dos deputados.
Inicialmente, o peemedebista anunciou em reunião de líderes que faria a segunda chamada daqueles parlamentares que não aparecessem para votar quando convocados pela primeira vez apenas ao final quando esgotada a lista dos 513 deputados.
Neste domingo (17), dia da votação, Cunha decidiu que a segunda chamada será feita ao final da votação de cada Estado. Ou seja, os parlamentares que porventura desejavam não responder à primeira chamada à espera de uma média do resultado, precisarão obrigatoriamente se posicionar, no mais tardar, após todos os integrantes do seu Estado votarem.
"A segunda chamada pode fazer ou não fazer. Vamos chamar no próprio Estado. Se alguém está esperando para votar no fim, conforme o resultado, está perdendo o seu tempo", afirmou Cunha em coletiva à imprensa antes de abrir a sessão.
O governo contava com esse recurso da segunda chamada para tentar reverter o placar. Minutos antes da votação ter início, a oposição apresentava um placar amplamente favorável ao afastamento de Dilma.
A expectativa é que a região Centro-Oeste dê o maior percentual de votos pró-impeachment (88%), seguida pelo Sul (87%), Sudeste (80%), Nordeste (50%) e Norte (50%).
A sessão desta tarde teve início já com questionamentos de deputados da base sobre a mudança de última hora feita por Cunha. O peemedebista, contudo, respondeu que a decisão cabe a ele e não vai voltar atrás.
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