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domingo, 17 de abril de 2016

Pressionados por empresários, governistas decidem trair Dilma

GALERIA DILMA ROUSSEFF: MANDATOS E CRISE - Em 9 de setembro de 2015, a agência de risco Standard & Poor's tira do Brasil o selo de país bom pagador; agências Fitch e Moody's também rebaixaram a nota de crédito do país nos meses seguintes. Na foto, presidente Dilma Rousseff recebe empresários da construção civil, no Palácio do Planalto, no dia seguinte à medidaNa reta final da votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, assessores da petista foram informados por deputados que mudaram de lado nas últimas horas, depois que foram pressionados diretamente por empresários e não teriam mais como votar a favor do governo.

Segundo a Folha apurou, este movimento final de pressão pelo impeachment levou o governo a perder apoios conquistados entre quinta e sexta-feira, fazendo o placar do Planalto indicar um percentual de votos que coloca no horizonte um "sério risco de derrota". Na manhã deste domingo, o governo contabilizava 166 votos favoráveis a Dilma, abaixo dos 172 necessários para barrar o impeachment.

Outro assessor disse que a tendência era de "queda" no número de votos a favor da presidente e que isto acendeu de vez o sinal vermelho dentro do Palácio do Planalto. Segundo ele, a ordem agora é buscar abstenções e ausências para que o PMDB de Temer e a oposição não atinjam os 342 votos para aprovar a abertura do pedido de impeachment.

Um assessor da presidente disse que o governo está sofrendo um "forte processo de traição" nestas últimas horas antes da votação, marcada para as 14h deste domingo (17). Este auxiliar disse que, ao falar com deputados que mudaram de votos, eles alegaram que empresários ligaram diretamente para pedir a mudança de lado.

O argumento utilizado pelos empresários é que a economia não aguenta mais a presidente Dilma à frente do governo e que sua permanência representará um aprofundamento da crise econômica. (Poder Valdo Cruz)

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