André Lisboa
Da equipe de O Estado
Da equipe de O Estado
A Prefeitura de São Luís garantiu ontem o fechamento do Aterro da Ribeira em até dois anos, o principal lixão da Ilha, para onde é destinada a maior parte dos resíduos produzidos pela população ludovicense. A informação foi dada a O Estado, pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), ao confirmar a conclusão do Plano de Resíduos Sólidos da capital maranhense, que deveria ser apresentado até ontem ao Ministério do MeioAmbiente, conforme estabelece a Lei 12.305/10.
O lixo da capital será direcionado, segundo o órgão, para o novo Aterro Sanitário de Rosário, que está em construção. O projeto segue a determinação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que estabelece o fechamento de todos os lixões a céu aberto até 2014. Eles devem ser substituídos por áreas de armazenamento controlado dos dejetos produzidos por uma cidade. A medida é direcionada a todos os municípios brasileiros, como estabelece a lei.
Atualmente, o Aterro da Ribeira, localizado na área do Distrito Industrial de São Luís, recebe diariamente uma média de 1,3 mil toneladas de lixo. A informação repassada pela Prefeitura coloca em questionamento a ampliação desse lixão, garantida pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. A obra, que teria investimentos de R$ 15 milhões, não tinha licença ambiental para ser iniciada. Especialista em tratamento de lixo e depois de realizar estudos sobre as questões sanitárias urbanas em todo o estado, o cientista, sanitarista e engenheiro ambiental Lúcio Macêdo constatou que todas as cidades maranhenses despejam o lixo em áreas a céu aberto, o que pode causar danos à saúde. "Conhecido simplesmente por lixo, os resíduos sólidos
são todos os rejeitos acumulados pela população no funcionamento da vida diária.
A lei determina que todos os lixões sejam fechados e substituídos, mas é preciso que cada ação seja feita com base no conhecimento da realidade do município", afirmou, ponderando que o lixão é um ambiente onde há indivíduos que sobrevivem daquele espaço: os catadores de lixo.
A construção o centro de tratamento de resíduos de Rosário-CTRR leva em torno de 2 anos, prazo que o lixão da ribeira precisa para transferir seu lixo para Rosário.
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