A Operação Detonando I contribuiu para a localização de boa parte dos documentos e cheques que estão sendo analisados pelos delegados. A maioria deste material estava com Gláucio e Miranda, que não devem negar participação no crime de agiotagem no estado, já que todas provas recolhidas são contundentes, principalmentes cheques assinados em branco por prefeitos e secretários envolvidos com o gupo de criminoso que dava ordens e praticamente "administrava" prefeituras envolvidas no crime.
O delegado Maimone Barros que preside a comissão, deve convocar todas as pessoas citadas, incluindo prefeitos que assinavam cheques em branco e passavam para os agiotas. Maimone Barros, que é um delegado experiente, participou das investigações da morte o jornalista Décio Sá e conhece de perto o resultado do trabalho que esclareceu o crime de encomenda registrado em abril na Avenida Litorânea.
Logo no início das investigações, antecipamos os nomes de algumas prefeituras que tiveram cheques apreendidos com o agiota Gláucio Alencar. Por exemplo, os investigadores da Polícia Civil devem confirmar a existência de vários cheques assinados em nome da Prefeitura de Turilândia na baixada maranhense. Esta prefeitura praticamente encabeça a lista com o maior número de cheques encontrados nas casas dos agiotas que estão envolvidos na morte do jornalista Décio Sá.
Como a investigação da agiotagem está apenas começando, os policiais não sabem ainda se todos os cheques foram assinados pelos prefeitos municipais, eles serão convocados pela comissão de delegados.
Na relação aparece ainda as prefeituras de Cururupu, Serrano do Maranhão, Mirinzal, Central do Maranhão, Rosário e Icatu. Nos próximos dias, também deve ser confirmada oficialmente uma pequena quantidade de cheques da Prefeitura de Bacabal. Estas são apenas as primeiras informações do inquérito da agiotagem... muitas outras virão, e o número de gestores que podem ter envolvimento com a quadrilha é bem maior.
Segundo a polícia maranhense, somente no primeiro semestre deste ano, duas pessoas foram assassinadas por causa da agiotagem. Fábio Brasil, foi executado na cidade de Teresina, e o jornalista Décio Sá, que denunciava por meio do seu blog as ações criminosas do grupo que mandou lhe matar.
Não custa nada lembrar que estes dados são do início do trabalho dos delegados. É importante aguardar o desenrolar das investigações, pois ainda é cedo para saber qual a participação direta dos gestores citados. De antemão, a certeza que os policiais tem se refere apenas a grande dimensão que a ramificação criminosa possui.
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