Uma liminar do juiz federal Carlos Madeira foi a grande surpresa, ontem, na reabertura do processo de concorrência para duplicação da BR 135, entre Estiva e Bacabeira. Por decisão judicial, o envelope com a proposta da Equipav Engenharia teve de ser aberto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e como nela havia o menor preço, ganhou a disputa.
Quando foi aberta concorrência, em maio, três se habilitaram a participar: os consórcios Serveng/Aterpa e CMEM/Edeconsil/Haytec/Serki e a construtora Equipav Engenharia. Em junho, apenas uma das concorrentes, o Consórcio Serveng/Aterpa apresentou sua proposta, porém o envelope nunca chegou a ser aberto, o que gerou a especulação de que o projeto iria ser mudado.
Duplicação da BR 135 ficou mais complicada
Semana passada, o diretor-executivo do Dnit, Tarcísio Gomes Freitas, veio a São Luís propor a modificação do projeto, tirando o traçado da nova pista das proximidades da Ferrovia Carajás e levando para o lado da tubulação do Italuís e o linhão da Eletronorte Segundo ele, isto resultaria numa economia de R$ 170 milhões, que seriam aplicados na extensão da duplicação até Miranda do Norte.
Os presentes à reunião – empresários, o senador Lobão Filho (PMDB), o secretário das Cidades, Pedro Fernandes, e outros – protestaram e o processo teve sua continuaidade assegurada.
Ontem, quando foi realizada a reunião para se conhecer a proposta da Serveng/Aterpa, a Equipav, amparada pela liminar do juiz federal Carlos Madeira, obrigou a abertura de seu envelope, e ganhou a concorrência, o que vai gerar disputa jurídica, já que a perdedora recorrerá e com isto tão cedo os trabalhos não serão iniciados.
O preço estipulado pelo Dnit foi de R$ 370 milhões. A Serveng (e Aterpa) apresentou proposta de R$ 345 milhões e a Equipav, R$ 325 milhões.
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