Enquanto Dilma Rousseff e Lula hesitam em romper os laços com a família Sarney, o PCdoB fecha em torno de Flávio Dino, seu candidato ao governo do Maranhão, uma aliança partidária que já inclui o PSB de Eduardo Campos e pode receber a adesão do PSDB de Aécio Neves. “O sentimento de virar a página e ter uma nova experiência no governo do Maranhão é majoritário”, diz o presidente do PCdoB maranhense, Márcio Jerry. “Há uma fadiga absoluta do grupo Sarney que tem a hegemonia política no Estado.”
Jerry ao órgão de comunicação do partido. Disse que, no Maranhão, a prioridade do PCdoB é montar uma coligação ampla. Segundo ele, além do PSB, já manifestaram apoio a Dino, hoje o candidato mais bem posto nas pesquisas, o PDT, o PTC e os recém-criados Solidariedade e Pros. Além do PSDB, analisam a hipótese de entrar na aliança o PPS e o PR.
E quanto ao PT, velho aliado do PCdoB? “Queremos e reivindicamos o apoio do PT, mas ainda não há nada de concreto da direção nacional”, declarou Jerry. No início da semana, o senador José Sarney (PMDB-AP) abespinhou-se com notícia segundo a qual Lula e Dilma teriam decidido dar-lhe as costas na dispouta maranhense. Informada sobre a irritação do aliado, Dilma tocou o telefone para Sarney. Negou a informação. E mandou o porta-voz desmentir.
Governadora em segundo mandato, Roseana Sarney, a filha do morubixaba do PMDB, deve disputar uma cadeira no Senado. Para sucedê-la no governo, Roseana indicará Luiz Fernando Silva, seu chefe da Casa Civil. Tomado pelas sondagens eleitorais, é um azarão. Apoiando-o, o PT se arrisca a empurrar Dilma para dentro de um palanque que pode representar em 2014 a ruína de uma oligarquia que dá as cartas no Maranhão há cinco décadas. Pior: pode assistir ao desfile de Eduardo Campos e Marina Silva no pelotão do favorito. Sem mencionar a hipótese de o tucanato também entrar em cena.
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