O município de Cachoeira Grande, banhada pelo Rio Munim, cidade hospitaleira e aconchegante, a jovem cidade que, há 18 anos, deveria estar andando com suas próprias pernas. Ou seja, independente. Porém, como a fase “problema” que vem de diferentes formas, acredita-se que Cachoeira Grande, deve, na maioria de nossos representantes, ter em sua genética a rebeldia, irresponsabilidade e descompromisso bem próprios da idade.
Cachoeira Grande, uma cidade que sofre os mais diversos problemas, tem sentido na pela a força dos profissionais do magistério, que decidiram enfrentar sem medo, sem meios termos, sem demagogia e muito menos sem hipocrisia, A DESVALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO.
Em abril de 2012, às portas fechadas, os vereadores por unanimidade, votaram pela aprovação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério que foi enviado pelo prefeito Francivaldo Vasconcelos (PSD) com a participação da Secretária de Educação, professora Valtenira Sousa. Muitas lágrimas rolaram e muitos gritos de “NÃO” foram lançados ao ar pelos professores. Não adiantou. O Projeto de Lei foi aprovado pela Câmara e sancionado pelo executivo.
É importante ressaltar que o SINPROESEMMA – núcleo de Cachoeira Grande, na época, discutiu e elaborou um Plano dos Servidores da Educação com os anseios dos profissionais da categoria. Agora, o prefeito Francivaldo Vasconcelos diz não poder pagar o que ele próprio teria estipulado em lei.
Cansados de tantas “desculpas esfarrapadas” a categoria decidiu pela greve. Primeiro, nos dias 04 a 06 de setembro, com o objetivo de advertir a gestão e forçar um acordo decente. Mesmo assim a categoria não obteve respostas.
“Estavam presentes, o prefeito Francivaldo Vasconcelos, a secretária de educação, profª Valtenira Sousa e demais assessores. Infelizmente não houve acordo. A GREVE CONTINUARÁ POR TEMPO INDETERMINADO. A gestão, mais cedo ou mais tarde nos ouvirá e verá que nada mais tem a fazer, senão, atender os anseios dos professores e demais funcionários. As manifestações tem dado certo no Brasil e dará em Cachoeira Grande, temos fé nisso”. Exclamou a professora Rosiane Santos.
A situação não está fácil. Há professores na Rede Municipal de Ensino, com duas pós-graduações ganhando irrisórios R$ 783,00 (Setecentos e oitenta e três reais), com um acréscimo de R$ 117,00 para deslocamento até à escola. Porém, o que se gasta por mês, nesse exemplo é R$ 300,00. Como forma de “cala-boca” inventaram uma “Gratificação FUNDEB”, que, até hoje, não explicaram o que é essa tal gratificação.
Os demais profissionais, como agentes administrativos e auxiliares operacionais nem são citados no “Plano do Prefeito”. Essa é outra bandeira do SINPROESEMMA, instituir um Plano de Cargos e Salários dos Servidores da Educação, abrangendo todos os profissionais da educação.
Uma comunidade escolar é formado por todos. Todos fazem educação; todos são parte do processo e todos merecem salários dignos. Não é só o professor que merece ser valorizado.
Além dos péssimos salários, outro exemplo são as péssimas condições das escolas. Uma situação lastimável é a Escola Municipal Santa Maria, situada no povoado Pindobal, aproximadamente 5 km da sede do município. Os alunos foram retirados da escola após inúmeras manifestações dos moradores, pois a mesma corria sério risco de desabar. Agora, eles estão em uma casa alugada e a escola que era um projeto de urgência, está ABANDONADA.
Esses são alguns exemplos de uma gestão que nunca priorizou a educação. As políticas educacionais estão sendo discutidas pelo SINPROESEMMA. A categoria aguarda ansiosa e esperançosa a decisão do gestor municipal em garantir os direitos que ele mesmo definiu em uma lei municipal. Agora é só esperar. A luta não para, continua. A bandeira é: EDUCAÇÃO DE E COM QUALIDADE. (Do BF)
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