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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Atentados coordenados deixam ao menos 60 mortos em Paris

Enquanto agência Associated Press contabiliza 35 mortos, outras fontes falam em 60; casa de shows teria 100 reféns

Paris está novamente sob ataque. Cerca de 10 meses depois do atentado à redação do jornal satírico "Charlie Hebdo", pelo menos seis tiroteios foram registrados em pontos diferentes da capital francesa nesta sexta-feira (13). De acordo com a agência Associated Press, 35 pessoas foram mortas. Outras fontes já falam em 60. É a primeira vez que a França decreta estado de emergência em 10 anos.

Além disso, uma explosão atingiu um bar perto do Stade de France, onde estava acontecendo um amistoso entre a seleção local e a Alemanha. Segundo as primeiras informações, o presidente François Hollande estava na arena e precisou ser evacuado. No primeiro tiroteio, um indivíduo abriu fogo com um fuzil em um restaurante no 10º arrondissement (distrito) e, de acordo com a emissora "BFM-TV", matou "várias pessoas".

A rede de TV France 24 afirma que há pelo menos 100 reféns na casa de shows Bataclan. Outras fontes falam em 60 pessoas. Segundo a BFMTV, ao menos 50 disparos começaram a ocorrer no local uma hora após o início de um show da banda californiana Eagles of Death Metal.

Hashtag em apoio às vítimas dos atentados na capital francesa começa a se difundir pelas redes

A emissora entrevistou uma testemunha dos disparos no restaurante, Anne-Sophie. "Todo mundo estava do lado de fora, no terraço do restaurante, quando de repente vimos homens mascaradas atirando em todas as direções. Pareceu ter durado muito tempo." Ela disse que havia "uma quantidade enorme de feridos".

O editor do programa Newsnight, da BBC, tuíta que nenhum grupo assumiu a autoria dos incidentes em Paris nesta noite, mas que "apoiadores do (grupo autodenominado) 'Estado Islâmico' estão comemorando o ataque nas mídias sociais com a hashtag 'Paris in Flames' (Paris em chamas)".

Após os ataques, Hollande iniciou uma reunião de emergência no Ministério do Interior. Os tiroteios reacendem o clima de terror instaurado na cidade em janeiro passado, quando dois homens armados invadiram a sede do "Charlie Hebdo" e mataram 12 pessoas. Dois dias depois, outro jihadista sequestrou um mercado kosher em Paris e deixou quatro mortos. Antes disso, ele já havia matado uma policial durante uma troca de tiros.

Moradores jogam roupas de cama pelas janelas para que corpos nas ruas sejam cobertos

O primeiro-ministro britânico David Cameron tuitou a respeito da situação em Paris: "Estou chocado pelos eventos dessa noite em Paris. Nossos pensamentos e orações estão com os franceses. Faremos o que pudermos para ajudar."

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